Instituição do rap nacional, artista dá prévia do que será o novo álbum, Abaixo de Zero: Hello Hell, a ser lançado em abril
Pedro Antunes Publicado em 14/03/2019, às 15h00
De flow impecável, capaz de pincelar quadros e cenas, com a união do que é passado passado, presente e futuro entre estrofes poderosas e emotivas, Gustavo Ribeiro está mais Black Alien do que nunca.
Que pancada o rapper soltou agora, com "Que Nem o Meu Cachorro", novo clipe e single, lançado nesta quinta-feira, 14. A faixa é uma prévia do que será o disco Abaixo de Zero: Hello Hell, a ser lançado em abril.
Na canção, ele resgata sua história e as pedras que encontrou no caminho da sua trajetória. Para "Que Nem o Meu Cachorro", o rapper voltou a uma das clínicas de reabilitação pela qual passou no seu tratamento. A direção do vídeo é de Premier King.
"Voltar lá foi matar saudade, foi celebração, reflexão, exercício de cinema, faxina interna, agradecimento, duelo e constatação. Vivência valiosa repetida sob nova ótica e ganhando o valioso prazer de fazer o filme, de bônus", ele explica.
Limpo e sóbrio, com os fantasmas que o perseguiram controlados, ele sobreviveu. E, agora, conta a sua história.
E como é o Black Alien de hoje? Ele responde: "O que ninguém pode ver no meu novo trabalho sou eu tentando soar como alguém, algum som ou estilo que está na moda, ou ainda como eu mesmo em outro tempo que não seja o tempo presente".
"Que Nem o Meu Cachorro" é um convite para entrar nessa jornada bastante autobiográfica de Black Alien. Os anos 2000 foram pesados para Gustavo. Do áuge, pós-Planet Hemp com o disco solo Babylon By Gus – Vol. I: O Ano Do Macaco, de 2004, ao caos que se tornou a vida dele se tornou com os abusos.
Em 2015, soltou o disco Babylon By Gus – Vol. II: No Príncipio Era O Verbo e celebrou seu retorno.
Black Alien aprendeu com o seu passado. "Bem vindo ao meu lar, cuidado pra não tropeçar, a mesa ainda tá aqui, porém mudei certezas de lugar", ele rima na música. Mas, agora, ele quer saber do presente. "Se vêm baseado no passado, só há um resultado: cê vai se fuder / Porque, eu sou o agora / Eu sou o agora", diz outro trecho da música, assinada por ele e Papatinho.
"[Ser o 'agora'] é e a maneira com a qual os humanos abordam o infinito. Não começa. Não tem fim", ele explica. "Trabalho, movimento, mudança, adaptação e evolução constante. Às vezes um passo pra frente, dois pra trás, mas sempre em frente."
Na faixa, por fim, Gustavo recita o que ouviu por aí: “Black Alien já vai tarde, já passou o seu momento”. Eles não poderiam estar mais errados.
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