“Vimos pela internet que o público brasileiro é caloroso e realmente tem um pé forte no rock”, afirma o vocalista Eric Bloom; banda faz show único em São Paulo
Paulo Cavalcanti Publicado em 24/02/2012, às 12h10 - Atualizado às 13h00
A Blue Öyster Cult, célebre banda norte-americana de rock pesado dos anos 70 e 80, fará show em São Paulo, no HSBC Brasil, nesta sexta, 24. É a primeira vez do grupo no país. O vocalista Eric Bloom, um dos fundadores do BOC, como eles são mais conhecidos, contou à Rolling Stone Brasil, por telefone, que há muito tempo a banda tinha interesse em tocar por aqui, mas sempre faltava um incentivo. Segundo Bloom, o ponta-pé final veio de uma fonte que ninguém poderia esperar, como ele revela. “O Rush in Rio foi um incentivo. Depois que assistimos a esse DVD, que é um dos meus favoritos, vimos pela internet que o público brasileiro é muito caloroso e realmente tem um pé muito forte no rock”, afirma o cantor. “Esperamos ter uma recepção parecida aí.”
O núcleo do BOC surgiu em Nova York no final da década de 60, mas a banda se consolidou mesmo em 1972, com o lançamento do primeiro álbum, chamado apenas Blue Öyster Cult. Nos anos 70, os integrantes ficaram conhecidos pelos hits “(Don’t Fear) The Reaper”, “Burnin’ for You” e “Godzilla”, além de outras canções falando de magia negra, doença mental, morte, misticismo e ficção científica. A formação atual inclui Bloom (vocal, guitarra base, teclados), Donald “Buck Dharma” Roeser (guitarra solo, vocal), Jules Radino (bateria), Richie Castellano (teclado, guitarra, vocal) e o veterano Rudy Sarzo (baixo), que já tocou com Whitesnake, Ozzy Osbourne, Dio e muitos outros.
No começo dos anos 70, o BOC era chamado pela imprensa de “o Black Sabbath dos Estados Unidos”. “Isso foi golpe publicitário, coisa da nossa gravadora”, explica Bloom. “Tínhamos uma imagem meio sombria na época e nossas letras falavam dos mesmos temas que as do Sabbath. Mas acho que as comparações param aí. Nós sempre usamos teclado, o que não é muito dominante no som do Sabbath. O BOC também sempre teve dois vocalistas e o Sabbath se concentrava no Ozzy. Nós finalmente excursionamos com os caras em 1981, na época em que eles estavam como o Dio, mas devido a alguns problemas logísticos, a turnê não rolou como esperávamos.”
“(Don't Fear) The Reaper” segue como marca registrada da banda, e nem Bloom consegue decifrar apropriadamente o apelo do hit, que foi lançado originalmente como single em 1976. “Bem, você teria que perguntar ao Buck Dharma, ele a escreveu. Ele provavelmente deveria estar passando por algum momento turbulento de sua vida, mas não tem nada a ver com suicídio ou algo assim”, reflete o cantor. A gravação de “(Don’t Fear) The Reaper” é o mote do quadro “More Cowbell”, que foi ao ar em abril de 2000 e se tornou um dos mais populares do programa Saturday Night Live. O esquete mostra a gravação fictícia de “(Don’t Fear) The Reaper”, com o empresário da banda, vivido por Christopher Walken, pedindo para um sujeito chamado Gene Frenkle (Will Ferrell), castigar no som do cowbell, para consternação do resto do BOC. Bloom fala: “Por causa desse quadro, nos tornamos verdadeiramente ícones. Nunca cansamos de assisti-lo. E, agora, mais gente vem aos shows só para causa disso, muitos usando uma camiseta com a inscrição ‘more cowbell’. Não sei se no Brasil as pessoas conhecem, mas dá para achar na internet.”
Assista ao quadro abaixo, e em seguida ouça “(Don't Fear) The Reaper”:
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