The Magic Whip: Made in Hong Kong traz ainda imagens da viagem de Damon Albarn à Coreia do Norte
Rolling Stone EUA Publicado em 04/05/2015, às 16h01 - Atualizado às 16h12
O aguardado disco de reunião do Blur, The Magic Whip, de maneira esperada, ocupa a primeira posição das paradas britânicas e, agora, o quarteto compartilha um vídeo dos bastidores da improvável criação do álbum.
Galeria: bandas que foram, mas voltaram.
Durante os 30 minutos de The Magic Whip: Made in Hong Kong, Damon Albarn e companhia levam o espectador às improvisadas sessões de gravação – impulsionadas pelo cancelamento de um show no Japão em maio de 2013 – que resultaram no primeiro álbum da banda com Graham Coxon desde 1999.
“Acho que fizemos alguns shows e nos acostumamos a tocar uns com os outros novamente. Foi completamente inconsciente. Não havia nenhum tipo de pressão do tipo: ‘Terça-feira, 12 de julho, vocês vão ao estúdio com tal produtor e tentar compor um single de retorno”, diz o baixista Alex James. “Foi basicamente: ‘Vamos ao estúdio tocar’. Porque não há nada mais para fazer – a não ser comprar coisas – em Hong Kong.”
Graham Coxon não disse nem à filha que estava gravando com o Blur.
Albarn acrescenta que o plano original era gravar o álbum em cinco dias e fazer um lançamento surpresa na semana seguinte. Entretanto, o grupo retornou a Hong Kong em 2014 para continuar trabalhando no disco, e o curta de meia hora de duração documenta a viagem da banda pelo sudeste da Ásia.
“Senti-me um pouco como um homem do espaço, e comecei enfrentar níveis distópicos de isolamento pessoal, angústia e medo”, diz o vocalista sobre o modo como a região inspirou as letras das faixas. “Tudo ficou bem intenso. E isso é de grande ajuda quando você está compondo.”
Relembre: O Blur fez um show empolgante no encerramento do Planeta Terra 2013.
The Magic Whip traz uma canção chamada “Pyongyang”, intitulada como referência à capital da Coreia do Norte, e na marca do 19º minuto do vídeo, Albarn mostra imagens fascinantes da visita dele ao controverso país.
“Eu estava absolutamente fascinado com o modo como um lugar destes ainda continua a existir e com o que estava acontecendo ali. Então eu entrei no país e saí viajando”, diz o líder do grupo. “Todo mundo está meio que sob um encanto, e é isso o que eu posso dizer daquilo. Isto, por si só, já é extraordinário. Não há propaganda, não há internet, não há telefone.”
Assista ao documentário The Magic Whip: Made in Hong Kong.
Mais sobre The Magic Whip
O novo disco do Blur, The Magic Whip, é o primeiro da banda em 12 anos e chegou às lojas em 28 de abril. O trabalho anterior do grupo, Think Tank, foi lançado em 2003. Este é, ainda, o primeiro CD do grupo com o guitarrista Graham Coxon desde 13, de 1999.
Sobras das sessões de The Magic Whip renderiam novo disco, diz baixista.
As gravações aconteceram nos estúdios Avon, em Hong Kong, ao longo de cinco dias, logo depois da turnê Spring 2013 ter sido cancelada. “Não tínhamos muito (equipamento). Foi como nos tempos em que começamos a gravar nossas primeiras coisas”, disse Damon Albarn no anúncio do álbum.
A cidade de Hong Kong serviu como inspiração para trabalho, o que pode ser visto, por exemplo, nas duas palavras que estampam a capa (acima) do disco, “Blur” e “The Magic Whip”, em letras do alfabeto chinês. O anúncio, aliás, foi feito justamente no Ano Novo chinês.
Tracklist de The Magic Whip
“Lonesome Street”
“New World Towers”
“Go Out”
“Ice Cream Man”
“Thought I Was A Spaceman”
“I Broadcast”
“My Terracotta Heart”
“There Are Too Many Of Us”
“Ghost Ship”
“Pyongyang”
“Ong Ong”
“Mirrorball”
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