Músico aponta mudança do público, mas afirma que pouca coisa mudou na banda: “A diferença é que a gente está mais velho”
Lucas Reginato, de Florianópolis Publicado em 15/01/2013, às 16h20 - Atualizado às 18h23
Está prestes a chegar ao fim a turnê de reunião do Planet Hemp. Desde o fim de outubro, Pedro Garcia (bateria), Formigão (baixo), Rafael Crespo (guitarra) e a dupla Marcelo D2 e BNegão (vocal) excursionam pelo país relembrando sucessos da década de 90, mas depois da apresentação em Florianópolis, no Festival Planeta Atlântida, apenas um último show, no Lollapalooza, está marcado. E BNegão garante que por enquanto é só.
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“Não vamos gravar agora. Talvez a gente faça alguma coisa mais pra frente, mas só daqui um bom tempo”, revela. “A galera está se dando bem, é do caralho tocar com eles, mas a gente tem nossos próprios projetos. Para a galera do Seletores essa parada foi meio penosa. A gente perdeu vários shows importantes porque a data batia com os shows do Planet”, lembra, em referência à banda BNegão & Seletores de Frequência, que em 2012 lançou o segundo disco, Sintoniza Lá – eleito o terceiro melhor do ano pela Rolling Stone Brasil.
Marcelo D2, por sua vez, estava planejando para o ano passado o lançamento de seu novo disco, Nada Pode Me Parar, e por causa da turnê o adiou para depois do carnaval.
Mesmo com preocupações diferentes, BNegão afirma que pouca coisa mudou no Planet Hemp. “A diferença é que a gente está mais velho”, brinca. Em compensação, ele aponta para uma mudança grande no comportamento do público. “É uma galera nova, mas a interação é a mesma”, diz, e exalta: “Espero que ao falar isso eu não quebre a magia, mas antigamente no show do Planet saía muita porrada, e agora não saiu nenhuma vez. Todo mundo agita demais, mas quando acaba a música está tudo certo, ninguém está se destruindo”.
E se a banda não mudou, também permanece o mesmo o principal tema abordado no palco. Desta vez, no entanto, o cenário é mais otimista àqueles que exaltam os benefícios da maconha. “Agora rola uma configuração mundial diferente – a América Latina passou décadas sob uma influência absurda dos Estados Unidos. Com o fortalecimento dos governos locais, a galera começou a buscar, mesmo com todos os defeitos disso, um pensamento próprio, um pensamento de protagonista, e não de seguidor”, analisa, mas com cautela. “Mas o Brasil é um país muito grande, tem muita confusão midiática. Tem gente ainda que acha que se neguinho fumar vai matar a família.”
E se por enquanto o Planet Hemp não faz mais shows nem vai gravar nada, a última chance de ver a reunião será no festival Lollapalooza, em São Paulo. A banda é uma das headliners no domingo, dia 31 de março, assim como o Pearl Jam.
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