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Bob Dylan planeja continuação da biografia Crônicas: Volume Um

“Estou sempre trabalhando em partes dela”, ele disse à Rolling Stone EUA

ANDY GREENE Publicado em 17/09/2012, às 15h38 - Atualizado às 18h30

Boa notícia para os fãs de Bob Dylan: a sequência do seu aclamado livro Crônicas: Volume Um, de 2004, está sendo criada. "Vamos torcer [para que aconteça]", disse Dylan ao editor contribuinte da Rolling Stone EUA Mikal Gilmore. "Estou sempre trabalhando em partes dela. Mas fiz tudo sozinho no último Crônicas. Ainda não estou tão certo de que tive o editor apropriado para aquilo. Não quero dizer muito sobre isso. Mas é bastante trabalho. Não ligo de escrever, mas é a releitura e o tempo que leva para relê-lo – isso, para mim, é o mais difícil".

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Dylan diz que o primeiro Crônicas começou quando a sua gravadora pediu para que ele escrevesse um ensaio que acompanhasse uma coletânea com 50 de suas antigas canções. "Eu realmente não queria", ele diz. "Mas então pensei que seria oportunidade de dizer algumas coisas daquele período entre 1962 e 1963. Eu fui embora do Ed Sullivan Show, quando ainda era popular nos Estados Unidos. Eu queria me levar de volta àquele tempo e revivê-lo."

Por fim, o projeto ganhou vida sozinho. "Eu tropecei nessa estratégia de ir para o futuro e o passado", diz Dylan. "Estava escrevendo sobre o disco Freewheelin' Bob Dylan, mas eu não podia usar aquilo. Em Crônicas, eu usei o Oh Mercy [de 1989] porque era mais interessante para mim. Eu ainda tenho um texto para Freewheelin' – boa parte dele, na verdade – e definitivamente posso transformá-lo em algo maior. Este é um dos aspectos de Crônicas: Volume Dois e Crônicas: Volume Três. Eles certamente terão início em discos."

Os planos estão longe de se concretizarem e provavelmente mudarão assim que ele começar a escrever. "Todo o primeiro trecho do Crônicas: Volume Um supostamente deveria ser baseado em algum disco antigo – talvez de Another Side of Bob Dylan [de 1964]", diz Dylan. "Eu não sei. Não estou familiarizado com tudo que está nesses discos. Mas é em algum lugar no meio dos anos 60. Eu iria usar aquilo do disco, e então iria para o futuro. Bom, o que aconteceu foi que eu meio que perdi o fio do que estava fazendo, e que fiquei lá, não fui realmente para o futuro. Então, comecei a escrever sobre os primeiros dias em Nova York, e achei extremamente interessante. Quando você começa fazer isso, é espantoso perceber o que você pode descobrir, sem sequer tentar."

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