- Jair Bolsonaro (Foto: Gabriela Bilo / Estadão Conteúdo / Agência Estado / AP Images)

Bolsonaro corta verba para meio ambiente um dia após promessas na Cúpula do Clima

Apesar de se comprometer com verba para fiscalização ambiental, o presidente vetou quase R$ 240 milhões da pasta do Meio Ambiente

Redação Publicado em 23/04/2021, às 19h43

Na quinta, 22, Jair Bolsonaro(sem partido) prometeu mais verba para fiscalização ambiental durante discurso na Cúpula do Clima. Contudo, nesta sexta, 23, o presidente cortou milhões de reais para meio ambiente. As informações são da Folha de São Paulo.

Apesar de se comprometer com a duplicação dos recursos destinados a ações de fiscalização ambiental durante discurso, Bolsonaro sancionou Orçamento de 2021 com diversos cortes. Além de não ter o aumento prometido de R$ 115 milhões, o presidente vetou cerca de quase R$ 240 milhões da pasta do Meio Ambiente.

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Para haver o incremento de R$ 115 milhões, Bolsonaro deverá cortar em outras áreas, já que o orçamento está no limite de testo de gastos. Contudo, conforme a Folha noticiou, integrantes do governo explicaram que ainda não foi feita solicitação de aumentar verba para área ambiental.

Conforme noticiado pelo Estadão, o governo diminuiu R$ 29 bilhões para sancionar o Orçamento de 2021. Para isso, vetou parte de emendas parlamentares e verbas dos ministérios (R$ 19,8 bilhões) e bloqueou algumas despesas previstas em vários órgãos federais (R$ 9,3 bilhões). 

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Alguns dos mais afetados foram o Ministério da Educação, com um veto de R$1,2 bilhão, e o Ministério da Saúde, que mesmo em meio à pandemia de Covid-19 perdeu 2,2 bilhões. Contudo, o corte para o meio ambiente também chama a atenção por contradizer o discurso de Bolsonaro na Cúpula do Clima.

O veto dificulta ainda mais a fiscalização e proteção ambiental. Conforme divulgado pelo iG, sem o valor, serão afetados diversos programas essenciais de proteção ao meio ambiente conduzidos pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e pelo Ibama.

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Apenas do programa para melhoria da qualidade ambiental urbana, comandada pelo Ministério do Meio Ambiente foram vetados R$ 203 milhões. O valor retirado do Ibama foi de R$ 19,4 milhões, sendo 11,6 milhões direcionados ao controle e à fiscalização ambiental realizadas pelos órgãos. 


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