Na redes sociais, o presidente se referiu às vítimas como “traficantes que roubam, matam e destroem famílias”
Redação Publicado em 10/05/2021, às 13h48
Na quinta, 6 de maio, uma operação policial na comunidade do Jacarezinho, Rio de Janeiro, deixou 28 pessoas mortas. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou as redes sociais no domingo, 9, para parabenizar os policiais e criticar a imprensa por tratar os mortos na operação como “vítimas”. As informações são do UOL.
O presidente escreveu no Twitter: “Ao tratar como vítimas traficantes que roubam, matam e destroem famílias, a mídia e a esquerda os iguala ao cidadão comum, honesto, que respeita as leis e o próximo. É uma grave ofensa ao povo que há muito é refém da criminalidade. Parabéns à Polícia Civil do Rio de Janeiro!”
Segundo lista divulgada pela Polícia Civil, dos 28 mortos, 27 eram “criminosos”. A nota também afirmou que a operação levou à morte do inspetor André Frias. Além de parabenizar os oficiais pela operação, Bolsonaro prestou homenagem ao policial:
- Ao tratar como vítimas traficantes que roubam, matam e destroem familías, a mídia e a esquerda os iguala ao cidadão comum, honesto, que respeita as leis e o próximo. É uma grave ofensa ao povo que há muito é refém da criminalidade. Parabéns à Polícia Civil do Rio de Janeiro!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 9, 2021
“Nossas homenagens ao Policial Civil André Leonardo, que perdeu sua vida em combate contra os criminosos. Será lembrando pela sua coragem, assim como todos os guerreiros que arriscam a própria vida na missão diária de proteger a população de bem. Que Deus conforte os familiares!”, escreveu.
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De acordo com o UOL, na sexta, 7, o vice-presidente Hamilton Mourão também caracterizou como “bandidos” os mortos na operação na comunidade do Jacarezinho, Rio de Janeiro.
“Tudo bandido! Entra um policial numa operação normal e leva um tiro na cabeça de cima de uma laje. Lamentavelmente, essas quadrilhas do narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sobre determinadas áreas e é um problema da cidade do Rio de Janeiro,” disse no Palácio do Planalto.
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Apesar das falas das autoridades e da lista divulgada pela Polícia Civil, informações divulgadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro indicam que nem todos os mortos tinham antecedentes criminais ou envolvimento com o tráfico.
Em entrevista ao Jornal Nacional (via O Globo), Álvaro Quintão, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB RJ, afirmou: “Nós já identificamos pessoas que nunca tiveram nenhuma passagem pela polícia. E existem, sim, algumas pessoas que já têm passagens, algumas cumpriram penas, já não têm mais pena, já não estão mais cumprindo nenhuma pena.”
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