Candidato derrotado, Bolsonaro agradeceu os votos recebidos, criticou manifestações e garantiu deve vai agir "dentro das quatro linhas da constituição"
Redação Publicado em 01/11/2022, às 17h32
O candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL) recebeu a imprensa no Palácio da Alvorada na tarde desta terça-feira, 1. Em discurso curto, o atual chefe do Executivo falou pela primeira vez desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais do último domingo, 30.
Após agradecer aos 58 milhões de votos que recebeu no segundo turno, Jair Bolsonaro comentou as atuais manifestações de apoiadores que se espalharam pelo Brasil. Segundo o candidato derrotado, as paralisações são resultado da insatisfação do público com o processo eleitoral.
"As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", afirmou o candidato derrotado.
Em seguida, ao comemorar a presença de partidos de direita em diversos âmbitos do governo, Bolsonaro discordou daqueles que o classificam como antidemocrático. "Somos pela ordem e pelo progresso", declarou.
"Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição", afirmou Bolsonaro.
Por fim, o candidato derrotado afirmou que, apesar do sistema, seu governo enfrentou a pandemia do Coronavirus e lidou com as consequências da guerra entre Rússia e Ucrânia. Em nenhum momento de seu discurso, no entanto, o atual presidente falou sobre a vitória de Lula nas urnas, nem citou o nome do petista.
Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições presidenciais na noite do último domingo, 30, depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apurou 100% das urnas brasileiras. No total, o petista recebeu 60,3 milhões de votos, enquanto Bolsonaro foi o candidato escolhido por 58,2 milhões de brasileiros.
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