Mary Coughlan não poupou críticas a frontman do U2 por postura no contexto do conflito entre Israel e Hamas
Redação Publicado em 17/05/2024, às 16h39
Bono, vocalista do U2, foi duramente criticado por suas ligações com empresas israelenses em meio ao conflito entre Israel e o Hamas. Em entrevista ao Sunday World, a cantora irlandesa Mary Coughlan expressou seu descontentamento e vergonha pelo compatriota.
Coughlan afirmou que perdeu todo o respeito por Bono devido aos seus investimentos em companhias israelenses, que, segundo ela, renderam mais dinheiro ao músico do que a sua carreira musical nos últimos 20 anos. "Eu perdi todo o respeito por ele", disse Coughlan. "A Forbes publicou que seus investimentos em companhias israelenses geraram mais dinheiro para ele que a música nos últimos 20 anos."
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As críticas ocorrem no contexto da guerra entre Israel e o Hamas, que se intensificou após os ataques terroristas do grupo em 7 de outubro. Coughlan destacou que, mesmo após o início do conflito e a resposta severa de Israel à Faixa de Gaza, Bono continuou a investir em empresas israelenses: "Mesmo em dezembro do ano passado, depois da coisa toda, ele investiu em uma enorme start-up israelense. Isso diz tudo, na verdade."
A cantora, conhecida por sucessos como "Ancient Rain" e "I'd Rather Go Blind", afirmou que muitos na indústria musical da Irlanda compartilham seu sentimento em relação ao U2. Ela citou investimentos recentes de Bono, incluindo um empréstimo de 45 milhões de dólares de um banco israelense para a compra do hotel The Clarence, em Dubai, e o acordo de transmissão da turnê do U2 pela América do Norte através de um aplicativo da Meerkat, empresa israelense que fornece tecnologia para o exército do país.
Bono, conhecido por seu ativismo e pacifismo, abordou o conflito recentemente em suas apresentações, expressando choque com a situação em Israel e Palestina. Durante um show, ele disse: "[Ver] o sofrimento das crianças palestinas após ver o sofrimento das crianças israelenses, é quase demais." Em outubro, o U2 alterou a letra de "Pride (In the Name of Love)" em homenagem às vítimas de um ataque a um festival de música em Israel.
Coughlan comparou Bono a Hozier, que tem demonstrado apoio à Palestina em seus shows. Ao ser questionada se acredita que Bono se uniria a um pedido de cessar-fogo, a cantora foi cética: "ele deveria, [mas] não vai, ele não está bem intencionado, é tudo o que tenho a dizer."
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