Anderson Gracias - Divulgação/Gustavo Constantino

Brasil Game Show 2015 abre as portas em São Paulo

Alta na cotação do dólar deve influenciar variação de preços de jogos eletrônicos no Brasil, afirma diretor sênior de PlayStation

Gus Lanzetta Publicado em 09/10/2015, às 13h47 - Atualizado às 19h43

O Brasil Game Show 2015 abriu suas portas ao público nesta sexta-feira, 9, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento acontece até até o próximo dia 12 e reúne as maiores empresas do segmento de videogames do país e desenvolvedores independentes. As gigantes Sony e Microsoft marcaram presença similar ao ano de 2014, com imponentes estandes e alguns títulos inéditos em meio a jogos já lançados. A Nintendo, que está sem presença oficial no país, não tem representação no BGS este ano.

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No geral, a seleção de títulos não traz muitas novidades, nessa época do ano os grandes games já saíram ou estão prestes a chegar às lojas. Mas é uma boa oportunidade para o público ter contato direto com alguns jogos, já que a recente alta do dólar levou o preço do Xbox One para R$ 2.499 e vários títulos (tanto de Xbox quanto para PlayStation) serão lançados em breve a R$ 300. O PlayStation 4 passou a ser fabricado no Brasil nesse semestre e teve uma queda de preço, mas ainda é R$ 100 mais caro do que o Xbox One.

No dia 8, quando a feira estava aberta para a imprensa e parceiros, conversamos com Anderson Gracias, diretor sênior de PlayStation na América Latina, sobre o impacto da economia no setor de jogos. “Qualquer um que disser, na nossa situação, que não há risco de aumentar o preço é maluco e imprudente”, diz Gracias. O executivo também menciona que a situação não é só no Brasil: "Eu sou responsável pela América Latina e acompanhado de perto. Estamos aumentando os preços em todos os países”.

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O resto da América Latina, aliás, não recebe os consoles fabricados no Brasil ainda. É uma possibilidade no futuro, mas Gracias afirma que a prioridade é abastecer o mercado nacional. Sobre uma possível queda de preço na venda de jogos por download, Gracias comenta que a venda de jogos em mídia física ainda é a mais expressiva e que há muitos custos de infraestrutura e royalties de produção que mantêm o preço do download alto. Mas admite que, em parte, a pressão do varejo para não ter suas vendas “canibalizadas” influencia na decisão de manter paridade de preços.

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