- Brian May (Foto:Evan Agostini/Invision/AP)

Brian May, do Queen, foi proibido de ir a shows dos Beatles - e por isso ele se apaixonou pela banda

Guitarrista revelou a informação em uma carta escrita para a revista britânica Classic Rock Magazine

Redação Publicado em 10/09/2019, às 19h53

Brian May escreveu a carta “Porque Eu Amo John Lennon” nesta segunda, 8, para a revista britânica Classic Rock Magazine. Na mensagem, o guitarrista do Queen relembra momentos da infância e de como os Beatles influenciaram em sua vida.

Esse não é o primeiro comentário de Brian May sobre o quarteto de Liverpool. Enquanto se preparava para uma turnê pela América do Norte em julho deste ano - ao lado de Roger Taylor e Adam Lambert - , o guitarrista comparou a trajetória dos Beatles com os anos de estrada que ele vivenciou com o Queen.

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"Hoje, eu estava pensando que é uma pena que os Beatles nunca tenham tido a chance de se entregar a si mesmos e aos seus fãs em tal fantasia. A vida em turnê tornou-se incontrolável para eles depois de poucos anos de fama", lamentou o músico.

Enquanto isso, na carta o guitarrista reconheceu o Beatles como "o grupo de rock perfeito para inspirar todos os outros e reescrever o quadro, não apenas da música popular, mas de toda a cultura dos jovens".

Leia a tradução da carta na íntegra:

“Eu não tinha permissão para assistir os concertos dos Beatles quando era criança. Meus pais acreditavam que os shows de pop eram frequentados pelo grupo errado de pessoas. Então, eu nunca consegui ver o maior o maior fenômeno do século 20 ao vivo.

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No entanto, a partir do momento que ouvi no rádio ‘Love Me Do’ eu sabia que os caras eram mágicos. Eles deram voz à minha alegria e angústia escondidas quando era adolescente e estava sofrendo para entrar no mundo dos anos 1960.

É impossível duvidar que a combinação dos quatro rapazes fosse única, uma peça mágica em um milhão - o grupo de rock perfeito para inspirar todos os outros e reescrever o quadro, não apenas da música popular, mas de toda a cultura dos jovens.

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Apesar disso, com o passar dos anos ficou aparente que John Lennon estava no coração de todo esse poder incrível.

Ao lado do amigo e gênio melódico Paul McCartney, o emergente fogo espiritual de George Harrison e, sem dúvida, o baterista mais original de sua época Ringo Starr, era Lennon que manteve os Beatles firmemente fora do comum e nos extremos da criatividade perigosa.

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Não há espaço suficiente aqui para narrar todas as obras de Lennon, mas ouça 'Tomorrow Never Knows,' 'Lucy in the Sky With Diamonds,' 'I Am the Walrus' e 'Strawberry Fields Forever' e depois me diga que você não se surpreende. Nunca algo como como esses trabalhos foi realizado em toda história.

Lennon, de um adolescente menos que glamuroso com um chip no ombro, transformou-se no cara mais legal do mundo.

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Ele era legal o suficiente para escrever uma das maiores músicas de pop adolescente de todos os tempos (na minha humilde opinião, etc.) ‘I Want to Hold Your Hand’; para adotar a psicodelia e conseguir torná-la válida na música; para sair dos Beatles quando sentiu tudo se tornar um jogo superficial do qual não queria fazer mais parte; e depois de colocar todo o seu ser ao promover a paz no trabalho solo e produzir os melhores, mais ousados e reveladores discos já feitos, os quais incluem músicas como 'Jealous Guy,' 'God' e o hino imortal da humanidade 'Imagine.'

Para todos nós musos da pós-revolução (seja lá o que isso foi), Lennon foi, é e sempre será...isso. Descanso meu caso.”

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