“Quando você deixa o gênio escapar da lâmpada – isto é, fanatismo, racismo e intolerância – é muito difícil fazer com que ele retorne de onde saiu”, disse o músico veterano em entrevista para Marc Maron
Rolling Stone EUA Publicado em 03/01/2017, às 13h34 - Atualizado às 14h30
Em entrevista recente ao podcast WTF, de Marc Maron, Bruce Springsteen discutiu a futura presidência de Donald Trump, questionando se o candidato republicano eleito teria competência e experiência para receber o título de Chefe de Estado dos Estados Unidos.
LEIA TAMBÉM
Bruce Springsteen bate recorde e faz os dois shows mais longos dele nos EUA
[Portfólio] Bruce Springsteen em turnê
[Artigo] Os 60 maiores momentos do rock
“Antes eu sentia repulsa, não o tipo de medo que sentimos agora”, disse Springsteen sobre o início da administração Trump no país. “Será que eles são competentes o suficiente para esse trabalho em específico? Esqueça o que eles representam ideologicamente. Será que eles têm a competência para tamanha responsabilidade?”
Durante a entrevista, Springsteen disse entender o motivo da vitória do empresário. Para ele, muitos dos norte-americanos (assim como os personagens que povoam o imaginário lírico das canções dele) foram “afetados profundamente pela desindustrialização, globalização e avanços tecnológicos, que acabaram deixando-os para trás.”
O músico, que anteriormente chamou Trump de “narcisista tóxico”, e também apoiou abertamente a candidatura de Hillary Clinton na Pensilvânia, disse que uma das maiores preocupações dele sobre a presidência de Donald Trump é que os piores aspectos que representam o atual presidente norte-americano se tornem via de regra na sociedade dos Estados Unidos.
“Quando você deixa o gênio escapar da lâmpada – isto é, o fanatismo, o racismo e a intolerância – acaba sendo muito difícil fazer com que ele retorne de onde saiu”, disse Springsteen. “Seja pelo aumento dos crimes de ódio, ou então no fato de algumas pessoas acreditarem ter a liberdade de falar e se comportar de uma maneira que antes poderia até ser considerada anti-americana, e que na verdade é anti-americana. É isso o que ele representa. Meu medo é que esse tipo de pensamento ache um lugar recorrente na vida em sociedade.”
Um pouco mais otimista, ele ainda acrescentou: “A América ainda é a América, e eu ainda acredito nos ideais dela. Vou fazer o meu melhor para preservá-los.”
Today is @springsteen day on https://t.co/KBRiPQLutw! I returned to Jersey to talk to the Boss! Great guy. Great talk! Do it up! pic.twitter.com/gLTxPsJK06
— WTF with Marc Maron (@WTFpod) 2 de janeiro de 2017
Morre Andy Paley, compositor da trilha sonora de Bob Esponja, aos 72 anos
Viola Davis receberá o prêmio Cecil B. DeMille do Globo de Ouro
Jeff Goldblum toca música de Wicked no piano em estação de trem de Londres
Jaqueta de couro usada por Olivia Newton-John em Grease será leiloada
Anne Hathaway estrelará adaptação cinematográfica de Verity de Colleen Hoover
Selena Gomez fala sobre esconder sua identidade antes das audições