Paulo Gustavo faleceu aos 42 anos nesta terça, 4, vítima de Covid-19
Itaici Brunetti Publicado em 05/05/2021, às 09h26
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Xuxa, Tatá Werneck, Boninho, Fábio Porchat, Preta Gil e Mônica Martelli foram alguns dos muitos artistas e celebridades que lamentaram a morte do ator Paulo Gustavo nesta terça, 4. Vítima de Covid-19, o ator e humorista faleceu aos 42 anos após quase dois meses internado em um hospital no Rio de Janeiro.
Pelo Instagram, o cantor Caetano Veloso homenageou o ator com um bonito texto e enalteceu: "Paulo Gustavo é a expressão da alegria brasileira". Em outro momento, escreveu: "O povo brasileiro, que encheu os cinemas para rir com Paulo Gustavo, está de luto."
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Gilberto Gil também homenageou Paulo Gustavo. O músico postou um vídeo de quando assistiu ao filme Minha Mãe É Uma Peça no cinema e elogiou: "Maravilhoso". No post, afirmou: "Toda saudade é a presença da ausência de alguém...Sinto muito pela partida tão precoce de Paulo Gustavo, amigo da família e representante do melhor do nosso humor."
A atriz e humorista Tatá Werneck, amiga próxima do humorista, fez uma postagem emocionante. "Paulo, está difícil demais. Eu vou continuar te homenageando. Estamos no grupo vendo seus vídeos. Choramos e rimos. É um nível de amor que não se escreve em legenda."
Ao final, Tatá pediu para que as pessoas parem de aglomerar devido à disseminação da Covid-19: "Por favor: antes de sair de casa para ir a uma festa, lembre do Paulo. Não deixe ter sido em vão. 400 mil vidas não podem ser em vão."
A apresentadora Xuxa publicou fotos se divertindo com Paulo Gustavo em um programa de televisão. Nas imagens, um joga pedaços de bolo no rosto do outro. "Saudades. Não sei o que dizer ou pensar", lamentou a Rainha dos Baixinhos.
Boninho, o chefão do Big Brother Brasil, também o homenageou dizendo: "Vai, meu amigo, encontrar a luz! Você foi uma pessoa especial e sua história vai ficar para sempre." O humorista e apresentador Fábio Porchat escreveu: "Estamos todos com você e você está em todos nós. Para sempre. Obrigado por tudo, meu amigo, meu irmão. Te amo. O Brasil te ama. O mundo perde um gênio do humor."
Mônica Martelli e Preta Gil, ambas amigas próximas de Paulo Gustavo, o homenagearam com textos emocionados.
"Você foi muito bravo e agora pode descansar. Vamos lembrar de você sempre assim. Sorrindo, criando, fazendo o Brasil gargalhar", escreveu a apresentadora do programa Saia Justa, da GNT, enquanto a cantora e filha de Gilberto Gil disse: "Você cumpriu sua missão aqui na Terra transformando a vida de muita gente. Foi um gênio do humor, da generosidade e da humanidade."
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Paulo Gustavo foi internado em um hospital do Rio de Janeiro em 13 de março após ser diagnosticado com o coronavírus. Na época, a assessoria do artista afirmou que a internação foi feita para acompanhar melhor o estado de saúde dele.
No dia 19 de março, Paulo teve uma melhora no quadro "do ponto de vista clínico, laboratorial e tomográfico", de acordo com o G1. Contudo, dois dias depois, Paulo foi intubado.
"Todas as medidas de segurança estão sendo tomadas e a equipe profissional que o atende permanece confiante na sua plena recuperação," disse a assessoria em nota oficial.
Durante o mês de abril, o artista começou o tratamento ECMO - Oxigenação por Membrana Extracorpórea, passou por processos para corrigir fístulas bronco-pleurais, intervenções broncoscopias, procedimentos cirúrgicos e uma pneumonia bacteriana durante o mês de abril, segundo o Uol.
O artista apresentou melhoras e "interagiu bem com a equipe profissional e com o seu marido", segundo o boletim médico. Mas, no último domingo, 2, ele teve uma recaída súbita, sofreu uma embolia gasosa e não resistiu.
Paulo Gustavo ganhou destaque nos teatros e nos cinemas com a obra Minha Mãe É Uma Peça, em que interpreta a icônica mãe e dona de casa Dona Hermínia. Entre outros trabalhos de destaque do ator está a sitcom Vai Que Cola, que ganhou dois spin-offs nos cinemas, o programa A Vila e 220 Volts.
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No começo de cada ano, um objetivo: ler mais livros. Responsabilidades e prioridades interferem no dia a dia e as histórias ficam para trás. No entanto, é possível consumir bons contos sem recorrer a Ulysses (1922), de James Joyce ou Guerra e Paz (1867), de Tolstói. Bons livros podem vir em pequenas doses, e serem aproveitados naquele fim de semana separado especialmente para isso.
Selecionamos uma lista de seis livros curtos, mas ótimos, do clássico ao contemporâneo para ler em um dia:
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O Velho e o Mar - Ernest Hemingway (1952)
Depois de 84 dias sem pescar nada, o velho Santiago consegue fisgar um marlim gigante, o maior peixe que já viu. Passa três dias lutando contra o animal ao tentar trazê-lo para a praia, quer provar como ainda é um bom pescador, apesar da velha idade.
Durante o embate entre ele e o peixe, um monólogo interior de Santiago começa. Junto dele, vêm as dores, machucados, dúvidas e dificuldades para domar o peixe. Quando finalmente consegue, outro obstáculo aparece no caminho.
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O Velho e o Mar é um retrato do tempo do autor em Cuba e se tornou um clássico da literatura contemporânea. Após a publicação, Hemingway recebeu o prêmio Nobel de Literatura.
As Cidades Invisíveis - Ítalo Calvino (1972)
Inspirado por Shakespeare e Hemingway, Calvino traz uma mistura entre realidade e ficção. Esse livro de menos de 200 páginas é uma conversa entre duas figuras históricas: Marco Polo, viajante veneziano, e Kublai Khan, governante do Império Mongol do Século XI.
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Nessa rede de textos curtos, Marco Polo descreve diversas cidades do império do conquistador pelas quais teria passado. Calvino explora o conceito de cidade e aspectos como memória, símbolos, nomes e desejos.
Não é uma narrativa histórica, é bastante ficcional, com anacronismos e reflexões filosóficas. É uma boa pedida para fãs da escrita de Calvino, a leitura parece a descrição de um sonho.
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A Filha Perdida - Elena Ferrante (2006)
Autora da Tetralogia Napolitana, Elena Ferrante conquistou leitores ao redor do mundo com o retrato cru e comovente da Itália. Nesta história, Leda começa aliviada por poder passar as férias sozinha, longe das filhas e das responsabilidades da maternidade.
Viaja ao litoral italiano e conhece Nina, mãe de Elena, quem, por sua vez, é mãe de uma boneca. Torna-se obcecada por elas. Angústias e segredos do passado começam a despertar.
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A Filha Perdida fala de maternidade, amizade, disputa feminina e conflitos entre gerações, temas comuns na obra da autora. Para quem tem curiosidade de conhecer a escrita envolvente e cativante de Ferrante, mas não quer encarar a série de quatro livros, é a escolha perfeita.
A Morte de Ivan Ilitch - Liev Tolstoi (1886)
O livro começa no funeral de Ivan Ilitch. Não é spoiler, o título revela. Depois, ao longo da novela, voltamos para acompanhar sua vida e carreira de maneira cronológica. Juiz de vida abastada, descobre uma doença terminal na Rússia do Século XIX. A partir de então, passa a refletir sobre a existência.
Em menos de 100 páginas, o escritor criou uma história de partir o coração. É uma das obras mais famosas de Tolstói e uma boa alternativa para quem quer começar os autores russos por livros mais curtos e acessíveis.
O bem-amado - Dias Gomes (1962)
Para quem gosta de teatro, essa peça é para dar altas risadas. O Coronel Odorico Paraguaçu é prefeito de uma cidade pequenininha chamada Sucupira e a personificação caricata da política brasileira.
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O objetivo de Odorico para ajudar na campanha política é inaugurar um cemitério. No entanto, um problema: precisa providenciar um morto em um vilarejo onde ninguém morre. Ora cômico, ora patético, O bem-amado é, acima de tudo, atual.
A Vegetariana - Han Kang (2007)
Dona de casa e mulher completamente banal, Yeonghye decide parar de comer carne abruptamente depois de um sonho. Então, começa a se distanciar da família — cujos poros, segundo ela, cheiravam a carne —, da sociedade e da própria humanidade. Tudo isso acontece em Seul, coração da cultura coreana e sua culinária muito baseada em produtos animais.
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A narrativa de Han Kang é dividida em três partes, cada uma com um narrador diferente, mas nunca a protagonista, mostra apenas como os outros a enxergam. É um livro inusitado, chocante e provocará pensamentos até muito tempo depois do término.
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