Filme em quatro atos remete a Tarantino e homenageia King Hu
Maria Fernanda Menezes, de Cannes Publicado em 17/05/2013, às 18h51 - Atualizado às 18h57
Um país confuso, rigoroso e em transição social e política. O tema recorrente na cinematografia de Jia Zhang-Ke dessa vez vem em quatro atos em A Touch of Sin (Tian Zhu Ding), baseado em historias verídicas de assassinatos e mortes em varidos graus e situações na China.
Em diferentes regiões do país como Cantão, Hubei e Shanxi, os personagens socialmente oprimidos que protagonizam cada narrativa do filme carregam em si o poder de mudar uma situação controversa com uma força vingativa para Tarantino nenhum botar defeito. O diretor inclusive faz uma ótima ponta na ultima seqüência, como frequentador de um bordel de luxo.
O mais divertido dos quatro atos é justamente o que tem mais furos em seu roteiro, mas é impossível não simpatizar com Dahai, operário de uma mina de carvão em Shanxi que leva uma surra monumental ao cobrar a verdade dos corruptos e chefes locais. A vingança que ele busca na sequência é de lavar a alma.
No segundo episódio, que homenageia o clássico de King Hu A Touch of Zen (1971), a recepcionista de uma sauna se vinga de um cliente que a humilha – uma autêntica heroína amalgamada do imaginário de Takeshi Kitano com a pose de Uma Thurman como Beatrix Kiddo em Kill Bill.
A Touch of Sin tem ótima direção de luz do sempre competente Yu Lik-wai e tem chances de abocanhar alguns prêmios técnicos no festival.
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