"A ‘música de festival’ saturou todo mundo, inclusive a gente", diz Gustavo Rozenthal
Estefani Medeiros Publicado em 13/02/2016, às 12h10 - Atualizado às 12h34
Depois da bem-sucedida apresentação na estreia do Electric Daisy Carnival brasileiro, no fim de 2015, ano que ainda incluiu Rock in Rio, Ultra Music Festival e Universo Paralelo na agenda, o Felguk, formado por Felipe "Fel" Lozinsky e Gustavo "Guk" Rozenthal, começa 2016 desbravando a Ásia na primeira turnê no continente. “Os asiáticos descobriram a música eletrônica faz pouco tempo”, comenta o produtor carioca Rozenthal.
Com quase uma década de carreira, ele conta que o projeto está em um momento de “deixar a EDM para o Steve Aoki” e fazer um resgate do electro house que projetou a dupla em 2007, com o EP Palmtree. Desde então, o Felguk já emplacou doze faixas no Top 10 do Beatport e se tornou conhecido internacionalmente com remixes que envolveram nomes como Dimitri Vegas, Flo Rida e Black Eyed Peas. Abriram shows da Madonna no Brasil, pra quem remixaram "Celebration", um marco definitivo na carreira. E compuseram tracks que se tornaram celebradas pelos fãs, como "Showtime", "Do You Like Bass", "Dance Forever" e "I Begin to Wonder".
“Estamos entrando em um novo momento da carreira”, conta Rozenthal. “A música é muito dinâmica. Mudamos a nossa sonoridade porque nos últimos anos a house music também mudou, agora é Big Room, EDM. Os fãs sentem saudade porque os DJs mudaram de estilo e a ‘música de festival’ saturou todo mundo, inclusive a gente. Por isso, começamos a procurar outras referências.”
É neste contexto que o Felguk lança “Dance to the Beat”, parceria com o produtor canadense Lazy Rich, pela Oxygen Recording. “O Rich é um cara que fazia o mesmo tipo de electro que a gente. Ele criou um baixo funkeado, inspirado em James Brown, e achou que tinha a ver com o que a gente fazia, então trocamos ideias.”
Para os fãs mais puristas, ele antecipa que a volta às raízes não significa que as produções se restringirão a um único estilo. “Nos últimos anos, surgiram muitas coisas novas na cena eletrônica, como o base house, o tropical house. Nós também aprendemos muito nesse período, então a proposta é relembrar as nossas influências, mas ligá-las a novas experiências musicais e melhores produções.”
No Facebook, a dupla publicou um documentário de 13 minutos sobre a experiência asiática. "Em 9 anos de carreira, graças à musica, tivemos a oportunidade de rodar bastante por esse mundão. Tocar no oriente pela primeira vez foi algo surpreendente, uma experiência de vida. Vale a pena ver como a música eletrônica acontece do outro lado do planeta", dizem.
Em 9 anos de carreira, graças à musica, tivemos a oportunidade de rodar bastante por esse mundão, mas ainda não havíamos ido à Asia. Tocar no oriente pela primeira vez foi algo surpreendente, uma experiência de vida. Registramos tudo e voltamos amarradões para compartilhar com vocês! Vale a pena ver como a música eletrônica acontece do outro lado do planeta! Namastê!
Publicado por Felguk em Segunda, 1 de fevereiro de 2016
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