Filme pós-apocalíptico promete muito, mas entrega uma história boba – com aventura fraca e drama barato
Paulo Terron Publicado em 07/06/2013, às 08h16 - Atualizado às 11h53
Se a história por trás de Depois da Terra parece grandiosa demais, é porque é mesmo: Will Smith teve a ideia de fazer (mais) um filme ao lado do filho Jaden, mas desta vez refletindo a própria criação que ele, filho de militar, teve. E claro que um dos astros mais bem pagos de Hollywood não poderia fazer isso de uma forma simples, então os Smith vivem essa grande sessão de terapia em um ambiente futurista ameaçador.
Entrevista: “Não conheço ninguém da minha idade”, diz Jaden Smith.
Mil anos no futuro, quando a Terra se tornou inabitável e os humanos migraram para outro planeta, Cypher Raige (Will Smith) é um militar que desenvolveu uma técnica para controlar o próprio medo. O motivo? O novo espaço habitado pela humanidade está em algum tipo de disputa – não muito bem explicada – com alienígenas que criaram monstros cegos que caçam apenas detectando os feromônios liberados pelo pânico dos seres humanos.
Mas Kitai Raige (Jaden Smith) é um garoto sensível e traumatizado que, apesar do esforço, não consegue seguir os passos do pai no exército. Em uma viagem interplanetária, a nave de Kitai e Cypher acaba caindo na Terra que, um milênio depois, foi retomada pela natureza e seus perigos. E, claro, um dos monstros inimigos acaba à solta por aqui também.
O problema é que tanta informação acaba resultando em um filme no máximo simplista. As aventuras de Kitai em uma floresta que é densa, congela durante a noite e tem vulcões ativos não ajudam muito na trama arrastada, que só pode ser chamada de “aventura” devido a algumas poucas cenas de ação, intercaladas por um drama raso entre pai e filho. Seria fácil apontar culpados para o filme (que decepcionou na bilheteria norte-americana, arrecadando pouco mais de US$ 33.5 milhões na semana de estreia e ficando longe do orçamento de US$ 130 milhões): M. Night Shyamalan dirige e é coautor do roteiro. Por outro lado, a família Smith domina (em boas atuações, aliás) o elenco, a autoria da história que deu origem ao roteiro e a produção (além de Will, a esposa dele, Jada Pinkett, assina a produção). Shyamalan está liberado dessa.
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