Empresário Hadar Goldman pagou quase o dobro do preço pelo imóvel onde o músico se suicidou
Rolling Stone EUA Publicado em 22/05/2015, às 10h04 - Atualizado às 16h26
A casa onde Ian Curtis, líder do Joy Division, morou e cometeu suicídio, em Macclesfield, na Inglaterra, foi comprada por um fã e deve ser transformada em museu. As informações são do jornal britânico The Guardian.
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Hadar Goldman, um músico e empreendedor, pagou o preço pedido – £115 mil, aproximadamente US$ 180 mil – mais £75 (US$ 117) para cobrir outros os gastos legais, necessário para reverter a venda a um comprador privado que já estava em progresso.
No último mês de fevereiro, um fã de Curtis iniciou uma campanha para arrecadar fundos e fazer um museu na casa. Ele, entretanto, desistiu do projeto, alegando que seria improvável conseguir todo o dinheiro necessário e que os fãs dispostos a ajudar deveriam fazer doações a outros fins, em memória de Ian Curtis.
“Por mais que eu tenha pagado £190 – quase o dobro do preço pedido –, eu me sinto como se tivesse que me envolver, especialmente depois de saber da tentativa dos fãs, que falharam em conseguir o dinheiro necessário para comprar a casa na qual viveu um dos meus heróis musicais da infância”, disse Goldman.
Ainda que o empresário não tenha dado detalhes específicos em relação ao museu ou o que ele terá, ele disse em um comunicado: "Quando chegar a hora, nós iremos receber as ideias de qualquer um interessado em fazer parte de um projeto tão excitante, comemorando uma parte tão significativa da história da música.”
Crítica: Tocando a Distância – Ian Curtis & Joy Division.
O imóvel de dois quartos – localizado no número 77 da rua Barton, na pequena cidade inglesa de Macclesfield – serviu de locação para a cinebiografia de Curtis, Control, em 2007. O local mantém muitas lendas por ter sido onde o músico se suicidou em maio de 1980, aos 23 anos de idade.
Os ex-companheiros de banda de Curtis revelaram diferentes reações em relação ao possível museu. Em entrevista à revista NME, o líder do New Order e ex-guitarrista do Joy Division, Bernard Sumner, afirmou que a casa, para ele, “é um lugar triste”. “Não é bem um local ao qual eu gostaria de ir”, disse.
Debbie Curtis sentiu raiva e humilhação ao descobrir que “Love Will Tear Us Apart” é sobre ela.
O ex-baixista da banda de Curtis e de Sumner, Peter Hook, respondeu ao antigo companheiro e atual desafeto, em entrevista ao The Guardian: “Sei que Bernard seria desrespeitoso com Debbie [Curtis, viúva de Ian], mas isso é besteira”.
“Ian deixou um legado fantástico e o fato de as pessoas terem sido influenciadas por isso em todo mundo só pode ser uma coisa boa”, justificou o baixista. “Então, acho que alguém deveria transformar [a casa] em um museu.”
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