Diretor de Joaquin Phoenix: I'm Still Here teria, sem autorização, deitado na mesma cama que uma de suas funcionárias
Da redação
Publicado em 02/08/2010, às 13h03A situação parece estar cada vez pior para Casey Affleck, diretor do documentário Joaquin Phoenix: I'm Still Here. De acordo com nota do Hollywood Reporter, uma segunda mulher está acusando o irmão de Ben Affleck de assédio sexual - o primeiro processo contra ele se deu no dia 23 de julho, pela produtora Amanda White.
Desta vez, uma ação no valor de US$ 2,25 milhões foi aberta contra o diretor na tarde da sexta-feira, 30 de julho, em Los Angeles. Magdalena Gorka, que também integrou a equipe do longa-metragem, alega que Affleck a assediou e que ele teria se recusado a pagá-la ou dar crédito por seu trabalho quando, graças ao abuso, a funcionária se viu forçada a deixar o projeto. De acordo com ela, quando a produção do filme teve início em Nova York, Gorka era a única mulher na equipe. Phoenix e Affleck (que é casado com a irmã do ator) decidiram que a equipe ficaria hospedada no apartamento do ator em vez de um hotel. Joaquin teria dito a Gorka para que ela dormisse no quarto dele que ele dormiria no sofá.
"Durante o meio da noite, [Gorka] acordou com Affleck deitado na cama junto a ela", diz o processo. "Ele entrou no quarto enquanto ela dormia e deitou na cama. Quando ela acordou, Affleck estava próximo, trajando apenas uma roupa íntima e uma camiseta. Ele tinha seu braço em torno dela, acariciava suas costas, seu rosto estava muito próximo e seu hálito cheirava a álcool." Gorka disse ter ficado chocada porque não sabia há quanto tempo ele estava lá e o que havia feito. Ela afirma ter dito imediatamente para que ele saísse da cama, tendo ele perguntado o porquê. "Ela respondeu: 'Porque você é casado e porque é meu chefe!'" Ele teria questionado se ela tinha certeza e Gorka disse que sim, o que levou Affleck a deixar o quarto com raiva.
De acordo com a denúncia, na manhã seguinte, Gorka confrontou o diretor e pegou um avião para Los Angeles, após consultar-se com seu agente e decidiu deixar o projeto. Sem trabalho, ela conta ter retornado semanas depois, quando a nova produtora, Amanda White, integrou a equipe, garantindo que estaria presente. Mas o processo informa que o assédio continuou. "[Gorka] foi maltratada e atacada verbalmente por Affleck depois de não ter aceitado os avanços sexuais do diretor em Nova York, e foi criticada constantemente por se recusar a ser submissa em resposta aos comentários irrisórios dele." A funcionária deixou o filme novamente, depois de Affleck ter supostamente alegado que não pagaria seu salário.
Este foi o segundo processo que sustenta assédio sexual por parte de Casey Affleck. Uma semana antes, a própria Amanda White entrou com uma ação no valor de US$ 2 milhões contra o diretor, alegando "avanços sexuais não desejados e não convidados". Também neste caso, Affleck teria dito que não pagaria o salário da produtora por ela ter se recusado a passar a noite com ele em um quarto de hotel. Em resposta a White, o irmão de Ben Affleck disse, por meio de comunicado, que as alegações são "absurdas e sem mérito". "Ela saiu da produção há um ano", disse o advogado Michael Plonsker. "Ela e seus advogados acreditam que esta queixa errônea e mal intencionada fará com que os produtores sucumbam às suas exigências ultrajantes e infundadas. Ela está enganada."
O documentário Joaquin Phoenix: I'm Still Here tem data de estreia no exterior marcada para 10 de setembro, e sairá pela distribuidora independente Magnolia Pictures. O filme, que aparentava ser uma espécie de Borat, chocou a todos no festival de Cannes deste ano, já que mostra imagens de Joaquin Phoenix cheirando cocaína, ligando para prostitutas, ameaçando seus assistentes e cantando (muito mal) rap. Em 2008, o ator anunciou sua aposentadoria do cinema para se dedicar à carreira de rapper e, desde então, adotou uma atitude fora do comum, colocando em dúvida sua sanidade.