A dupla estrela o filme All of Us Strangers, dirigido por Andrew Haigh
Redação Publicado em 23/08/2023, às 16h57
Antes das filmagens de All of Us Strangers (2023) começarem, o diretor Andrew Haigh reuniu sua equipe de produção e conduziu uma visita à casa onde passou a infância, mostrando seu antigo quarto e os lugares favoritos de seus pais. Ele planejava transformar o interior para refletir o passado e criar um elo simbólico. Adaptado vagamente do romance Strangers (1987) de Taichi Yamada, o filme mergulha na visão expansiva do diretor, equilibrando romance e trauma.
A trama segue Adam (Andrew Scott), um escritor solitário de 40 anos que se apaixona pelo vizinho Harry (Paul Mescal). Enquanto o relacionamento deles floresce, Adam é atraído de volta à casa onde cresceu, abandonada por sua família há muito tempo. Lá, ele reencontra seus pais (Claire Foy e Jamie Bell), mesmo que eles tenham morrido tragicamente quando ele era criança. Através desses encontros, Adam busca compreender a vida deles, compartilhar sua orientação sexual e explorar o vínculo inexistente.
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Haigh desafia seu estilo naturalista ao abordar elementos sobrenaturais, enquanto explora a subjetividade do sexo e do amor. Os protagonistas, interpretados por Scott e Mescal, personificam a intensidade da conexão física e emocional. A trama é enriquecida pela química instantânea entre os atores, resultando em cenas de sexo que capturam a complexidade da intimidade humana. “Fui mais objetivo na forma como filmei cenas de sexo no passado”, diz o cineasta à Vanity Fair. “Aqui, eu realmente queria sentir a natureza subjetiva de fazer sexo e como é — o nervosismo, a excitação e a sensação física de ser tocado por outra pessoa, e o que isso faz com você.” O filme também mergulha nas experiências de crescer como um homem gay nos anos 80, conectando as trajetórias de Adam e Harry com as memórias compartilhadas do diretor e atores.
All of Us Strangers não é uma autobiografia, mas reflete as jornadas internas de Haigh e seu elenco. A história é uma exploração poética de como o amor, em suas várias formas, molda a identidade humana. O diretor mergulha na natureza da família, amor, relacionamentos e como eles moldam nossa vida adulta. Ao mesclar o passado e o presente, ele cria uma meditação profunda sobre a influência do tempo e das emoções, culminando em uma experiência cinematográfica emocional e reveladora.
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