Em apresentação na última quarta, em SP, o duo misturou músicas do disco novo, We are The Night, com com hits e projeções, veja o vídeo
Por Artur Tavares Publicado em 09/11/2007, às 14h44 - Atualizado às 17h14
O público encheu o Credicard Hall, em SP, na terceira passagem do Chemical Brothers pelo país. A apresentação, que durou pouco mais de uma hora, começou com o baixo sussurro de "No Path to Follow", abertura do disco mais recente da dupla - We Are the Night - enquanto os Brothers ainda não estavam no palco.
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Quando Tom Rowlands e Ed Simmons entraram e começaram a tocar "Galvanize", um grande telão se acendeu com imagens de punhos fechados, aviões voando e tanques de guerra passando. Dali pra frente, as figuras dos DJs ficaram em segundo plano com relação à mistura batidas + projeções de imagens que estavam proporcionando.
"Burst Generator" e "Do it Again", do novo disco, continuaram a apresentação e empolgaram a platéia, que pulou mais do que dançou. O primeiro single do disco de 2007 pouco a pouco foi dando espaço para a já clássica "Get Yourself High", quando um palhaço com cara de poucos amigos começou a aparecer discretamente no telão, entoando o mantra que dá nome ao hit.
Foi depois de "Get Yourself High" que o público entrou em catarse pela primeira vez. Rowlands e Simmons não perdoaram: tocaram o hit que os fez famosos. Já nas primeiras batidas de "Hey Girl, Hey Boy" a platéia deixou bem clara sua música preferida.
A parceria dos Brothers com o Klaxons, "All Rights Reversed", veio em seguida, após o duo arriscar apenas um barulho de sirene da desconhecida "Song for the Siren". Como em outras parcerias mostradas ao longo da apresentação, "All Rights Reversed" foi tocada com o vocal em segundo plano. O telão passava imagens do que pareciam grandes pingos d'água.
Rowlands e Simmons puxaram o freio na música seguinte, "Krafty Numbers", mas só para preparar a platéia para "Out of Control", feita em parceria com Bernard Sumner, do New Order. A música foi tocada exatamente como na outra passagem do duo pelo Brasil, e mais uma vez, com o vocal do convidado em segundo plano.
"Don't Fight, Control" e "Temptation" vieram em seguida, mas a segunda catarse dos extasiados presentes só apareceu com "Star Guitar" (única palhinha do disco Come With Us), primeira música em que o Chemical Brothers deixou o vídeo desligado. A projeção foi substituída por uma série de coloridos feixes de luz.
As luzes se acenderam por pouco tempo, suficiente para que alguns aflitos começassem a desconfiar do fim do show. O burburinho não durou muito, as luzes se apagaram e um novo Chemical Brothers apareceu.
Os hits, as músicas com levada puxada para o groove do disco Push the Button e os technos clássicos foram deixados de lado. "Surface to Air" inaugurou a segunda parte do show, quase inteiramente minimalista.
A já antiga "Under the Influence", do álbum Surrender, estava completamente modificada. Não mais lenta, mas com uma batida mais espacial, com bips eletrônicos misturados à voz. Foi quando entrou "Saturate", do disco de 2007. O ponto alto do show.
Mesmo não sendo uma música de trabalho, praticamente não tocada nas rádios até agora, e, principalmente sem clipe na televisão, "Saturate" encantou. A música mais puxada para o estilo minimal de We Are the Night foi seguida por belas imagens no telão. Bolinhas azuis e amarelas passeavam livremente pela projeção, até explodirem como munições de paintball. A beleza comoveu quem estava dançando, e fez quem ainda estava receoso pular.
O palhaço de "Get Yourself High" voltou em "Believe", também modificada. A pegada groove ficou de lado, abrindo espaço para a mensagem que os Brothers queriam passar. Enquanto o refrão dizia "I need you to believe" (em tradução livre, 'eu preciso que você acredite"), imagens de cruzes, igrejas das mais variadas religiões e até construções gregas (simbolizando a democracia) estampavam a tela. Os sons computadorizados que substituíram a tradicional batida de "Believe" se transformaram em "We Are The Night".
A bela canção "The Golden Path", feita em parceria com Wayne Coyne - vocalista do Flaming Lips - indicava o fim da apresentação. Sem a voz de Coyne, a música pareceu sem graça. O show foi encerrado com "Chemical Beats", uma série de mixagens que não estão gravadas em nenhum álbum do duo.
Mais uma vez as luzes se acenderam. Desta vez, demoraram para se apagar. Era hora do bis, que trouxe para a platéia um pouco de esperança. A música chiclete "Salmon Dance", poderia tocar. Nada mais justo para a audiência brasileira, já que a música tem uma clara influência das batidas dos funks cariocas.
Não aconteceu. Ao invest disso, a dupla tocou "Block Rockin Beats", "Das Spiegel" e fechou com a extensa "The Sunshine Underground". Todas sem rodeios, num encerramento para cumprir tabela. O público já deixava a casa durante o bis.
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