O desenho clássico exibido pela Nickelodeon entre 2005 e 2008 deixará o serviço de streaming no fim de setembro
Redação Publicado em 15/09/2019, às 20h00
Avatar: A Lenda de Aang é, indiscutivelmente, um dos melhores desenhos animados já feitos. E sabe o que é ainda melhor? Todos os episódios estão na Netflix! Mas sabe o que é o ponto negativo disso? Eles só ficarão disponíveis até o dia 30 de setembro.
Com isso em mente, separamos alguns motivos pelos quais você não pode deixar de assistir à essa obra maravilhosa criada por Bryan Konietzko e Michael Dante DiMartino, transmitida pela Nickelodeon entre 2005 e 2008.
Se você ainda não mergulhou nesse mundo, não pode perder essa oportunidade. Se você já viu tudo, veja de novo, porque com certeza sabe que vale a pena.
E um aviso: o texto abaixo contém spoilers (bem) leves da trama.
A jornada de Aang, um jovem Avatar em busca de dominar a habilidade de controlar os quatro elementos (fogo, terra, água e ar) para conseguir restaurar a paz em uma sociedade dividida e em guerra há 100 anos, é contada em um ritmo exemplar.
Cada um dos 61 episódios aborda uma parcela essencial e indispensável da história. Todos eles conseguem introduzir alguma novidade, fazer alguma revelação ou dar início a uma nova intriga, e por isso, em momento algum o enredo passa a sensação de estar travado ou até mesmo arrastado.
Muito pelo contrário: a narrativa consegue surpreender com uma frequência satisfatória e impressionante.
A aventura progride com um foco e dinamismo raramente vistos em desenhos animados, apesar de contar com um número surpreendetmente pequeno de capítulos. E tudo isso também sem parecer apressado.
Todos os personagens que aparecem pelo caminho importam. Aang pode ser o protagonista, no sentido tradicional da palavra, mas Sokka, Katara, Toph, Zuko, Iroh, Azula e muitos outros têm arcos narrativos bem desenvolvidos, com seus próprios conflitos e desfechos.
Não vemos apenas o Avatar em busca de desenvolvimento. Esses que seriam chamados de "personagens secundários" (mas que importam tanto para a trama quanto aquele que dá nome à animação), têm passados diversos, motivações pessoais e personalidades únicas.
Além disso, o desenho inclui ainda personagens com diferentes características e atributos físicos. Como por exemplo Toph, elo indispensável no grupo de Aang, que é cega, e Teo, garoto do Nação da Terra que tem paraplegia.
Essa inclusão necessária ainda é feita de forma natural e até bem humorada, sem parecer que esses personagens foram colocados lá apenas em "nome da representatividade", e em momento nenhum demonstram ter menor eficiência que os demais.
Avatar: A Lenda de Aang é uma lição profunda de vida, disfarçada de "desenho infantil". Ou melhor, o programa usa o recurso da animação para levar temas importantíssimos a uma gama ampla de espectadores, desde crianças até adultos (como fez recentemente Hora de Aventura e faz Steven Universo).
É o tipo de desenho que apresenta diversas camadas de profundidade (entre as quais mesmo a primeira dessas camadas não chega a ser rasa), e atingidas dependendo da idade e do intelecto do espectador.
Aceitação, mas a noção de que é sempre possível evoluir e melhorar; conflitos internos gerados por conflitos externos (e vice versa); sabedoria ancestral; espiritualidade individual e coletiva; a influência dos astros e dos quatro elementos em cada indivíduo; autoconhecimento, amadurecimento e até as maravilhas de ser criança, são alguns dos temas encontrados na série.
Uma coisa é certa: se todos assistissem Avatar pelo menos duas vezes na vida (uma quando criança, e uma por volta dos 30), o mundo seria muito melhor.
O desenvolvimento dos personagens em A Lenda de Aang, como dito anteriormente, é louvável. Mas existe um em específico, que merece aplauso especial.
Sem entrar em muitos detalhes, para não dar grandes spoilers, é possível afirmar que Zuko, filho do Imperador da Nação do Fogo, é com certeza um dos personagens mais bem escritos de todo o desenho animado, com material e carga o suficiente para ter seu próprio programa.
Ele carrega em si uma complexidade emocional com a qual muitos podem se identificar (e mesmo quem não se identificar, vai se comover), além de ser atormentado por conflitos internos extremamente reais e palpáveis.
Como um todo, a história de Zuko é, talvez, o maior e melhor arco de redenção já produzido em uma animação. O espectador o acompanha a uma certa distância no início (e se aproxima conforme o evoluir das coisas), nesse combate contra demônios hereditários, busca da própria identidade e de um caminho a seguir sem ser aquele no qual foi colocado por questões genealógicas.
Dito que todos os capítulos são criativos, únicos e trazem algo de novo à trama, o episódio final não poderia deixar a bola cair. E realmente não deixa. Muito mais do que apenas não decepcionar, é possível dizer (de novo, sem dar spoiler) que o desfecho é impecável, e encerra a história de maneira triunfal, impressionante e completamente satisfatória.
Os últimos 21 minutos são a maior demonstração de tudo que o desenho criou e aperfeiçoou (tanto em questão técnica quanto emocional) ao longo dos 3 anos em que foi produzido, e não havia jeito melhor de ter sido encerrado.
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