- Fernando Collor de Mello (Foto: Reprodução/Facebook)

Collor se desculpa por confisco de poupança - mas explica que era o dever do governo dele

O ex-presidente publicou uma série de tuítes sobre o assunto nesta segunda, 18

Redação Publicado em 18/05/2020, às 17h13

Fernando Collor de Mello, o ex-presidente do Brasil, usou as redes sociais, nesta segunda, 18, para pedir desculpas pelo confisco de poupanças e contas-correntes em março de 1990 durante o governo dele, via Folha de S. Paulo

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Pelo Twitter, em uma sequência de tuítes sobre o assunto, o ex-presidente afirmou que foi uma "decisão dificílima" tomada apenas para tentar conter a hiperinflação da época, que chegava em 80% ao mês.

"Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome", escreveu Collor, que atualmente é senador por Alagoas.

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Ele continuou: "Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo.". Além disso, Collor também disse que acredita que as "medidas radicais eram o caminho certo".

Veja os tuítes:

Pessoal, entendo que é chegado o momento de falar aqui, com ainda mais clareza, de um assunto delicado e importante: o bloqueio dos ativos no começo do meu governo. Quando assumi o governo, o país enfrentava imensa desorganização econômica, por causa da hiperinflação: 80% ao mês!

— Fernando Collor (@Collor) May 18, 2020

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Para "controlar a inflação", como explicou o ex-presidente, o Plano Collor limitou os saques a 50 mil cruzeiros. Ainda, prometeu que este dinheiro seria desbloqueado um ano e meio após o congelamento. Só em 1994, no entanto, a inflação pode ser controlada a partir do Plano Real - e a perda do dinheiro dos poupadores são discutidas na Justiça até hoje, como lembra a Folha de S. Paulo.


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