“O Brasil está muito bem servido em matéria de voz”, diz Brown, um dos treinadores do reality show musical
Pedro Antunes, do Rio de Janeiro Publicado em 19/09/2012, às 10h06 - Atualizado às 13h02
Nesta terça-feira, 18, no mesmo dia em que a edição norte-americana de The Voice anunciava que Usher e Shakira integrarão o quarteto de treinadores em 2013, o diretor de núcleo da TV Globo, J. B. de Oliveira (o Boninho), abria as portas dos estúdios da versão brasileira do reality show musical, no Projac, no Rio de Janeiro.
Perfil: Claudia Leitte se prepara para dar grande passo na carreira.
Com data de estreia marcada para o próximo domingo, 23, às 14h15, o programa guarda uma incrível semelhança com o original no que diz respeito aos treinadores, artistas conhecidos que irão escolher e treinar os participantes.
A figura do cantor pop, nos Estados Unidos representada por Adam Levine, do Maroon 5, é personificada por Lulu Santos; a diva, lá será Shakira (Christina Aguilera ocupa o posto na atual temporada), aqui é Claudia Leitte, o country de Blake Shelton, no Brasil, foi adaptado para o sertanejo de Daniel; e o poder do R&B de Usher (Cee Lo Green no momento) ganhou mais batuques com Carlinhos Brown. “Isso foi tudo uma coincidência”, justificou o diretor da atração, Carlos Magalhães. “São também três homens e uma mulher, como em outros lugares, mas esse nunca foi o objetivo”, completou.
O The Voice Brasil terá o mesmo funcionamento dos seus irmãos gringos: na primeira fase, os quatro treinadores ficarão sentados em uma cadeira de costas para os 105 participantes e terão um minuto e meio para decidir se escolherão o cantor ou não para o seu time. Cada um deverá formar uma equipe de 12 candidatos. Com um detalhe: sem enxergar o dono da voz, e daí o nome do reality. A fórmula cria situações divertidas até para os tutores. “Às vezes, não sabemos se o dono da voz é homem ou mulher”, riu Lulu. “Se acreditar naquela voz, eu vou apertar aquele botão”, completou Daniel. Se um candidato for escolhido por mais de um treinador, será ele, o cantor, que decidirá com quem ficará, em uma inversão de papéis.
Por isso, Carlinhos e Lulu já dizem que estão criando estratégias para montar a melhor equipe. “Fico na cola da Claudinha [Claudia Leitte]”, disse Carlinhos. Eles contam que, inclusive, já tiveram que disputar um candidato. E o vencedor foi Carlinhos, certo? “Quem ganhou foi o público”, discursou o cantor. “O Brasil está muito bem preparado em matéria de voz.”
Depois dessa primeira fase, os próprios treinadores deverão escolher os eliminados da sua equipe, após duetos em que um competidor enfrenta o outro, até restarem metade dos candidatos. A participação do público só entra na terceira e última fase, quando serão realizadas as apresentações ao vivo.
Única mulher no quarteto de treinadores, Claudia Leitte ainda precisa unir a rotina das gravações com as de mamãe – há um mês ela deu à luz Rafael, seu segundo filho. “Só falta colocar uma capa vermelha e um 's' no peito. Tem que ser uma supermulher, mesmo”, disse ela, logo após amamentar o filho, em uma entrevista de tempo contado: “Cinco minutos, valendo!”, disse Boninho ao trazer a cantora. “Estou conciliando tudo, a amamentação do bebê, a rotina do meu filho mais velho [Davi, de 3 anos] em Salvador”, contou a artista. “Estou procurando uma voz que me arrepie, que tenha emoção. E é difícil, porque sabemos que são colegas que estão lá, cantando.”
Na frente das câmeras comandando a atração, o jornalista Thiago Leifert experimenta a vida longe do esporte, mas, em papo rápido com a imprensa durante as gravações, ele garantiu que tem se sentido muito à vontade. “Já haviam me chamado para outros programas, mas desta vez o meu chefe me ligou, durante as minhas férias, e disse que eles iriam me liberar”, disse Leifert. “É ótimo conseguir respirar um pouco”, diz o novo apresentador, que há quase quatro anos comenda o programa esportivo Globo Esporte, da mesma emissora. “Trabalhava de segunda a sábado e, nos domingos, precisava trabalhar assistindo aos jogos.”
Leifert, na primeira fase da competição, na qual os 105 participantes são escolhidos (ou não) pelos treinadores, não fará o papel de apresentador. “Ainda é trabalho de reportagem, eu fico buscando histórias.” Ao seu lado, apresentando cenas do backstage, estará a atriz Danielle Suzuki.
Sem palhaçadas
Ao contrário dos outros programas de reality show musical, o The Voice Brasil não abrirá espaço para calouros – ou seja, não adianta esperar aquelas performances desastrosamente hilariantes. “Os profissionais selecionados já são cantores que estão no mercado, mas que ainda não conseguiram destaque no cenário musical brasileiro”, explicou o diretor Carlos Magalhães. Todos eles assinam um pré-contrato com a gravadora Universal Music e, segundo contou Boninho, alguns até preferiram desistir antes do início da disputa, por já serem representados por outros selos.
O vencedor será conhecido no dia 16 de novembro, ao final da primeira temporada de 13 episódios, e receberá um prêmio de R$ 500 mil e um disco lançado pela mesma Universal.
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