Jota Quest no backstage do <i>Rolling Stone Music & Run</i> 2016, com as medalhas que foram dadas a todos os participantes da corrida - Eduardo Frazão

Com 20 anos de hits, Jota Quest faz show frenético na quarta edição paulistana do Rolling Stone Music & Run

Evento realizado pela Rolling Stone Brasil reuniu cerca de 8 mil pessoas no Memorial da América Latina e arredores

Redação Publicado em 06/11/2016, às 02h23 - Atualizado em 13/01/2017, às 12h36

No último sábado, 5, foi realizada no Memorial da América Latina, na Barra Funda, em São Paulo, a quarta edição da Rolling Stone Music & Run. Organizado pela Rolling Stone Brasil, o evento reuniu cerca de 8 mil pessoas no bairro da Barra Funda. Os atletas, que puderam escolher entre realizar percursos de 5km ou 10km – além da caminhada de 3km –, praticaram a corrida de rua ao som de rock e, ainda, desfrutaram de apresentações exclusivas do Warriors e Jota Quest.

O evento começou às 18h, com discotecagem para aquecer os ânimos dos corredores na Arena Rolling Stone, espaço montado exclusivamente para o evento que contava com diversos estandes com comida, bebida e ações dos patrocinadores. Na playlist do DJ, não faltaram sucessos do rock nacional, como “Te Ver”, do Skank, e “Razões e Emoções”, do NX Zero.

Perto das 18h45, quando teve início o aquecimento da caminhada de 3km e da corrida de 5km, a arena ficou cada vez mais cheia com as camisetas azuis, estampadas pelo logo da revista Rolling Stone Brasil. Contrastando ao azul dos uniformes, os corredores abusaram na coloração das faixas de cabelo, nas muitas palhetas de cores de leggings, modelos de tênis de corrida variados, e toda sorte de acessórios – que tiveram um papel essencial de melhorar o desempenho de cada um durante a corrida.

Sobre o palco, duas instrutoras auxiliaram os competidores a se alongar corretamente antes de cada largada, ao som de músicas como “Roxanne”, do The Police. Os exercícios tiveram início nos membro superiores, com alongamentos voltados aos braços e ombros. Na sequência, as instrutoras passaram os alongamentos para a cintura, chegando ao fim com os joelhos, pernas e pés, para que ninguém se machucasse com a atividade física.

Às 19h15, os inscritos para a corrida de 5km se dirigiram tranquilamente até o ponto de largada, posicionado na Rua Tagipuru, ao lado de fora da Arena Rolling Stone. A largada foi motivada pelo hard rock de “Back In Black”, do AC/DC. No caminho, grupos de suporte estrategicamente posicionados ofereciam hidratação e palavras de apoio e incentivo para nossos corredores, que carregavam nos braços pulseirinhas fluorescentes que iluminaram a noite paulistana e no peito o desejo de se superar ao ultrapassar a linha de chegada.

Logo após a largada dos corredores do percurso de 5km, os competidores dos 10km foram aquecidos com um show exclusivo do Warriors. A banda desfilou clássicos seminais do rock, percorrendo a história do gênero desde os anos 1960 (com “A Hard Day's Night”, dos Beatles), passando “Rockin' In The Free World”, de Neil Young, e “Born to be Wild”, do Steppenwolf, entre outros.

“Vamos ver agora o quão velhos vocês são”, brincou o vocalista Leo Belling em determinado momento. “Essa aqui que vamos tocar agora estourou nos anos 1980. Vamos ver quem manja aí!”. Após as palavras do vocalista, o Warriors executou uma cover enérgica de “Rebel Yell” (Billy Idol) enquanto ao fundo eram exibidas em um telão imagens da banda ensaiando e em momentos de descontração.

Antes de deixarem o palco pela primeira vez, o grupo tocou “Highway to Hell”, do AC/DC. No intervalo, entre a primeira parte da apresentação e a segunda, os competidores da prova de 10k se aqueceram enquanto o pessoal de 3k e 5k chegava para fazer um lance, se reidratar e relaxar, curtindo a sensação de dever cumprido.

O sexteto retornou ao palco logo após o aquecimento realizado pelas instrutoras. Com repertório mais longo, desta vez, o Warriors tocou canções como “Because the Night” (Bruce Springsteen e Patti Smith), a qual foi dedicada aos atletas, “Blitzkrieg Pop”, do Ramones, “Rock and Roll All Night”, do Kiss, e “Aluga-se”, do Raul Seixas. “Sempre tem aquele que grita ‘Toca Raul!’ nos shows”, brincou Belling.

Ao final das competições, os atletas foram devidamente premiados. Os primeiros cinco colocados nas provas de 5km e 10km para receberem as medalhas. Além disso, cada atleta foi recebido com isotônicos e frutas, a fim de repor as energias, o potássio e o líquido perdido suando a camisa pelas ruas da capital paulista. Afinal, o sucesso da noite dependia não apenas da chegada ao pódio, mas também da integridade física do público, que ainda tinha o show do Jota Quest pela frente.

O primeiro lugar masculino da categoria 10km ficou com Waldecir Del Monte dos Santos, 48 anos, que realizou a prova em 33min19s. O atleta faz parte da equipe Coyotes Run e treina há 15 anos. “Teve treino todos os dias, a gente se prepara por duas semanas para uma prova”, conta Del Monte sobre a preparação para o Rolling Stone Music & Run. Já a vencedora do feminino no percurso mais longo foi Natany do Carmo Rodrigues. Corredora há dois anos, a atleta ficou em primeiro lugar com o tempo de 45min16s. “É a primeira vez que eu corri e me dediquei, não acredito que ganhei o troféu”, se emocionou a corredora.

Para coroar a noite, o Jota Quest subiu ao palco às 22h para realizar uma apresentação cativante e cheia de vida. Formado por Rogério Flausino, Marco Túlio, PJ, Márcio Buzelin e Paulinho Fonseca, o grupo soube como ninguém embalar os atletas, fazendo com que eles pulassem como se não tivessem acabado de correr uma prova de 5km ou de 10km. A banda mineira deixou clara a tônica da apresentação logo com a primeira faixa, “Mandou Bem”, como uma homenagem simbólica a todos os participantes.

Na sequência, o quinteto deixou sangrar sua veia mais dançante com o hit “Na Moral”. “Essa noite São Paulo vai tremer”, disse Flausino, incentivando a plateia a jogar as mãos para o alto. E o que não faltaram foram hits na apresentação do Jota Quest no Rolling Stone Music & Run. “Blecaute”, “Encontrar Alguém”e “Mais Uma Vez” embalaram os competidores da corrida de rua organizada pela Rolling Stone Brasil.

No entanto, a performance também brilhou em momentos intimistas, como foi o caso da execução de “Dias Melhores”. À frente da banda, Flausino empunhou um violão e escancarou o lado mais melódico do grupo, deixando de lado – ainda que não por muito tempo – o fraseado funk característico do Jota Quest. “Pode fazer barulho São Paulo, que Deus tá ouvindo”, falou Flausino.

Em determinado momento, as luzes se apagaram por alguns segundos. Aos poucos, o palco foi sendo iluminado com uma coloração violeta, à medida que os integrantes iam retornando discretamente a seus postos. “Vamos acender os vagalumes aqui na festa da Rolling Stone”, disse Flausino, pedindo para que as pessoas ligassem e erguessem seus celulares.

Também não faltaram ocasiões em que o vocalista fez questão de elogiar o evento. “Já falei isso mil vezes, mas isso aqui tá demais!”, disse efusivamente. “Tá demais tocar para essa galera que se encheu de endorfina para ver o nosso show hoje. Senhoras e senhores, tá todo mundo de parabéns! Todo mundo se entregou demais aqui. Eu tô muito feliz!” Em seguida, a banda tocou “Um Dia Pra Não Se Esquecer”, do disco Pancadélico, e que traz uma parceria com o rapper paulistano Projota.

O Jota Quest aproveitou a ocasião para promover um “abraçaço” entre os corredores antes de tocar “O Melhor Lugar do Mundo”. “Sintam-se todos dentro de um abraço”, disse Flausino. Outro momento marcante da apresentação do grupo mineiro na capital paulista foi durante a canção “De Volta ao Planeta”. O vocalista deixou o palco por alguns segundos e então retornou com uma camiseta branca em que se podia ler “macacada reunida”, um dos trechos da faixa. Brincalhão, o intérprete fez caras e bocas, imitando os gestos de um macaco. A música acabou em uma cover enérgica e psicodélica de “Homem Primata”, dos Titãs.

Nos momentos finais do show, Flausino resgatou o violão e cantou “Fácil”, grande sucesso do Jota Quest. Em seguida, fez questão de chamar o vocalista e o guitarrista da Warriors para o palco. “Nossos amigos do Warriors fizeram um show que não deixou pedra sobre pedra”, disse. Junto sobre a Arena Rolling Stone Brasil, os músicos trocaram figurinhas em uma breve versão de “Que País É Este?”, clássico do Legião Urbana.

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