"É batido, mas todo mundo faz", diz a cantora que lança o single Clichê; ouça
Fernanda Talarico Publicado em 23/11/2018, às 13h49
Ludmilla tem transitado com sua música entre diversos ritmos, como o funk, em “Din Din Din”, e o dançante, em “Hoje”, um dos seus maiores sucessos.
Nesta sexta, 23, Ludmilla lança “Clichê” e flerta com o pop romântico, ao fazer parceria com Felipe Araújo. A música, como a própria cantora contou na entrevista abaixo, mostra a versatilidade de sua carreira.
Com apenas 23 anos, a cantora tem deixado sua marca por onde passa. Ludmilla já tinha uma carreira consolidada quando, em 2016, se apresentou durante a abertura das Olimpíadas no Brasil. Cantou o “Rap da Felicidade” e foi assistida mundialmente, se tornando um nome respeitado no cenário musical.
Ludmilla conversou com a Rolling Stone Brasil sobre funk, carreira, parceira com a Anitta e romance. Leia abaixo!
Como surgiu a parceria com o Felipe Araujo?
Ludmilla: O Felipe e eu somos amigos há algum tempo já e estávamos planejando fazer uma colaboração juntos, mas a música certa ainda não tinha aparecido. Quando terminei de escrever "Clichê" e encontrei esse tom mais romântico para a música, logo pensei no Felipe.
Eu queria vir com algo completamente diferente dos outros lançamentos, uma pegada em que as pessoas conseguissem ver outra versão minha e que eu também pudesse explorar ainda mais a minha voz.
A música é bem diferente das suas outras, com uma pegada mais romântica e mais tranquila. O que ela reflete?
Ludmilla: Eu acho que ela reflete um momento de paz meu e que poucas pessoas sentiram nos meus últimos lançamentos.
Amo música, independente do gênero, e venho produzindo conteúdos bem fora do nicho que iniciei como cantora, é isso o que mais quero para a minha carreira: versatilidade.
Quero poder cantar de A a Z sem ter nenhuma amarra, nenhuma insegurança se aquele som é para mim ou não. Fui muito sortuda de ter conseguido desempenhar isso bem até agora, trabalho duro para conseguir isso.
O que é clichê para você?
Ludmilla: Ah, tantas coisas são clichês para mim, mas não necessariamente de uma forma negativa.
Eu acho que o amor às vezes pode ser clichê, mas há todo um romantismo nisso, receber flores, chocolates, jantares à luz de velas... Quem nunca?
E mesmo assim não perde a graça, haha. O clichê é algo batido, que todo mundo já fez ou faz, mas mesmo assim pode ser especial.
Então vai mesmo rolar dueto com a Anitta? O que você pode adiantar?
Ludmilla: Não posso adiantar muita coisa! Haha. O projeto ainda está no forno, nós duas temos agendas muito malucas então isso leva tempo, fora que queremos vir com uma parceria potente, para abalar tudo mesmo.
Nós somos amigas há anos, temos vontade de fazer essa parceria há muito tempo já, fico muito feliz de em 2019 vir com essa novidade.
Tem alguém que você ainda quer fazer alguma parceria, mas ainda não rolou de fazer?
Ludmilla: Nossa, tenho vários artistas que me inspiram e que eu gostaria de fazer parceria, tanto nacionais como internacionais.
O featuring dos sonhos, aquele que é quase impossível, mas mesmo assim eu quero? A Beyoncé. O dia em que isso acontecer eu vou ter zerado a vida!
Enquanto esse sonho não se realiza quero muito fazer com artistas como Seu Jorge, por exemplo.
A minha base musical vem do pagode e samba, porque a minha família fazia muita roda de pagode quando eu era mais nova, então tenho referências musicais bem voltadas para esse nicho também.
Uma dúvida que eu sempre tive: em "Din Din Din" você fala do "modo Lud". O que ele é?
Ludmilla: O "modo Lud" é aquele momento em que a gente vira a chavinha e decide tomar o controle da situação, haha.
Em geral eu sou uma pessoa muito tímida, mas às vezes tem que ter aquela hora de mais atitude, que no meu caso foi o que gerou a música.
É uma impulsividade positiva. Foi uma situação na qual eu precisava mandar um recado, mas não estava sabendo como. Em uma brincadeira com os meus amigos o refrão veio “din din din pode dar em cima de mim” e aí pensei: “Cara, tem uma música aí”.
Desde que você começou a cantar, o que você viu mudar no funk?
Ludmilla: Eu acredito que hoje o funk tem um espaço maior de aceitação. Ainda é um ritmo que sofre muito preconceito, mas hoje têm vários artistas mudando isso.
Fora que esses artistas trazem, também, uma nova versão para o gênero, então observo bastante essas mudanças que o funk tem passado e como isso hoje está abrindo as portas para outros talentos.
É um gênero que se reinventa muito, o funk de 2000 não é o mesmo que o de 2018, a sua expansão tem sido constante.
Quando você acha que você se tornou uma pessoa pública?
Ludmilla: Hm, é uma pergunta difícil. Não sei se saberia dizer em que momento me tornei a pessoa pública...
Acho que em 2014, quando vim com um novo som, uma nova identidade musical e artística as pessoas me enxergaram mais e com isso estavam mais atentas ao que eu fazia.
O destaque na música e nas redes sociais também é fruto disso, me deixa mais próxima do público.
É uma questão curiosa, porque eu realmente me esqueço disso, mas sei que não deveria. Eu sou muito brincalhona, com meus amigos e pessoas em geral, às vezes isso é interpretado de outras formas.
E o que a gente pode esperara da Ludmilla em 2019?
Ludmilla: As pessoas podem esperar uma versão bem diferente, haha.
O meu DVD, que vou lançar em 2019, está vindo para isso mesmo. Estou produzindo músicas inéditas e projetos mais diversificados que vão explorar e me desafiar bastante.
Tem muita música boa vindo por aí, podem esperar!
Ouça "Clichê" abaixo.
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