Jogo é um dos maiores da história da indústria
Felipe Grutter Publicado em 19/06/2020, às 07h00
Nesta sexta, 19, foi lançado The Last of Us Part II, um dos jogos mais aguardados da atual geração de consoles, talvez até mesmo de toda a história da indústria dos games. Isso acontece porque, além da desenvolvedora Naughty Dog ser de extrema competência, o antecessor, lançado para PlaySation 3, fez história e ajudou a revolucionar a narrativa cinematográfica dos jogos.
O primeiro e revolucionário The Last of Us chegou ao mundo no dia 14 de junho de 2013 e tem a impressionante nota 95 no Metacritic, site que reúne críticas de diversos veículos. Três semanas após o lançamento, o game vendeu 3,4 milhões de unidades no mundo, como a Sony divulgou. Nenhum desses dois números são exagerados. Particularmente, o jogo é o meu favorito e uma das minhas melhores experiências com videogame.
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Quando foi anunciado, The Last of Us já precisava superar alguns obstáculos, porque a Naughty Dog vinha em uma sequência de ótimos lançamentos: Uncharted 2, em 2009, e Uncharted 3, em 2011. Mas dentre as duas franquias da desenvolvedora, uma é de ação e aventura, no melhor estilo Indiana Jones, e a outra, um drama com ação e aventura.
Além disso, até junho de 2013, o PlayStation 3 tinha vários jogos icônicos, de peso e que entraram para a história, como Red Dead Redemption, Batman: Arkham City, Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots, BioShock Infinite, GTA IV, The Elder Scrolls V: Skyrim, entre outros.
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Como sabemos, The Last of Us superou as expectativas da grande maioria do público e crítica e conseguiu ficar lado a lado desses grandes lançamentos da geração.
De longe, o carro-chefe de The Last of Us, aquilo responsável por guiar o game, é a narrativa cinematográfica dele.
A história do jogo é o que o torna tão especial, único e revolucionário. Toda construção e caminhada da narrativa pode deixar até o mais coração duro na Terra ficar cativado, se emocionar e identificar com os personagens, porque eles são humanos, cheios de anseios, medos, aflições, alegrias e traumas.
A sinopse do game conta que Joel, "encarregado de levar Ellie, uma menina de quatorze anos de idade, com coragem além do comum, a um local designado em troca de armas, sem saber, o que começa como uma simples tarefa para entregar Ellie para outra zona de quarentena, logo se transforma em uma profunda jornada que irá mudar para sempre a vida dos dois".
Na maioria do jogo, você acompanha Joel e Ellie. Outras vezes algum deles sozinhos ou ambos acompanhados de um terceiro personagem, mas o foco é na história deles, de como um homem desolado que perdeu a filha encontra refúgio e família na menina que era apenas um serviço.
No entanto, não é só nos principais que a essência de The Last of Us se encontra. Os personagens secundários são igualmente ricos e complexos. Com Tess, você aprende que Joel conseguiu se identificar com outra pessoa, com Bill, você entende que o protagonista não é preparado para qualquer momento, com Tommy, você vê as inseguranças dele e toda a agonia dentro do coração.
Até hoje, nenhuma desenvolvedora conseguiu trazer toda essa carga emotiva, humanidade e complexidade para diálogos e personagens de um game, como fez a Naughty Dog com a obra de 2013.
No entanto, o jogo conseguiu revolucionar esse tipo de narrativa na indústria. Jogos como Uncharted 4, Night in the Woods, Detroit: Become Human, Life Is Strange, entre muitos outros games incríveis trouxeram histórias emocionantes, complexas, e dignas de ganhar todo e qualquer prêmio no mundo.
Os personagens foram mecionados no tópico de cima, mas vale criar um próprio para falar só deles.
A Naughty Dog conseguiu criar algo único com os personagens de The Last of Us. Ao jogar, você sente que eles fazem parte daquele mundo destruído pelo vírus Cordyceps. O jogador consegue sentir a dor e o trauma de Joel quando Sarah, filha dele, morre, consegue sentir a urgência de Tess quando ela fala para o protagonista sobre a urgência de aceitar o trabalho de levar a Ellie para os vagalumes e o peso do sacrifício dela.
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Além disso, o relacionamento de Joel e Ellie teve uma evolução linda. No começo, os dois se estranhavam e sempre eram grossos um com o outro. Com o passar do tempo, eles começam a conversar, sobre qualquer assunto, e entendem poder confiar no outro. Ambos passam a ter uma relação de pai e filha.
Também, quando os dois dialogam quando o jogador explora os locais abandonados e evelhecidos, qualquer coisa que sai da boca deles é de se apreciar. Até mesmo as minúcias da história são repletas de momentos ótimos. Como esquecer da Ellie tentando assobiar, ou ela pedindo para Joel ensiná-la a tocar violão. Esses e outros momentos fazem que The Last of Us pareça mais crível ainda.
O que falar da trilha sonora de The Last of Us?
Composta pelo argentino Gustavo Santaolalla, que voltou para a Part II, a trilha sonora do game simplesmente acompanha toda a grandeza trazida pela história, personagens e jogabilidade.
A música tema do jogo, intitulada "The Last of Us", faz qualquer um arrepiar. Ela é original, emocionante e, por mais que não seja dita nem uma palavra na canção, ela fala muito sobre a experiência da obra.
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