O músico explicou que conseguiu lidar como luto por meio de "terapia musical"
Redação Publicado em 16/03/2020, às 13h04
Eric Clapton viveu uma série de incidentes no início da década de 1990. Essas situações acabaram transformando o guitarrista boêmio em um homem mais recluso e responsável.
O estopim desse choque de realidade na vida de Clapton foi o acidente do amigo de estrada, Stevie Ray Vaughan, e dois integrantes de banda que morreram tragicamente em um acidente de helicóptero durante uma turnê.
Abalado com a tragédia, o guitarrista largou as drogas e tentou restabelecer os laços com pessoas ao redor. Entre elas, a ex-esposa, Lori Del Santo, e o filho Conor. Para tentar melhorar a imagem de pai ausente, Clapton convidou o filho, que morava com a mãe na Itália, para passar alguns dias em Nova York com ele. Os dois se hospedaram em um apartamento de um amigo, no 53° andar.
Conor, de apenas 4 anos, teve pela primeira vez um momento com o pai. "Foi a a primeira vez que Eric passou algumas horas sozinho com nosso filho. Conor estava muito emocionado pelo dia maravilhoso que havia passado com o pai", contou Lori, em uma entrevista para Lisa Sewards, em 1999.
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Naquele momento, Clapton estava empenhado em proporcionar um final de semana inesquecível para o filho, porém, não sabia que no 20 de março de 1991, viveria a maior dor da própria vida. Conor, de baixa estatura e magro, foi até a varanda do apartamento e atravessou o parapeito por volta das 11h00, e caiu de mais de 50 andares.
Quando notada a ausência de Conor, a mãe foi avisada sobre a queda pelo barulho do impacto no chão. O filho foi localizado em um telhado de um prédio vizinho.
Isolado de qualquer convívio social após a trágica morte do filho, os instrumentos musicais foram os companheiros de Clapton para viver o luto.
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Em 1992, o músico deu a primeira entrevista sobre o assunto para Sue Lawley, e explicou que o trauma foi resolvido por meio da "terapia musical". Durante a conversa, ele também aproveitou para mostrar a composição feita em homenagem ao filho.
"[A música] se chama Tears in Heaven'". A partir desse momento, toda a dor pessoal se tornou no segundo maior sucesso comercial.
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Lançada como single, a música chegou a 2.800.000 cópias vendidas (físicas e digitais), chegou ao segundo lugar na Billboard Hot 100 e conquistou o primeiro lugar no Canadá, Japão, Itália e Brasil. A faixa também foi indicada a cinco categorias do Grammy, venceu três, como Melhor Performance Masculina em uma Música Pop, Gravação do Ano e Canção do Ano. Além disso, "Tears in Heaven" foi trilha sonora do filme Rush - Uma Viagem ao Inferno.
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