Depois do sucesso de Batman, o diretor queria transferir a vibe sombria e bizarra para Super-Homem - ainda bem que não conseguiu, pois não combinaria
Redação Publicado em 20/06/2020, às 13h00
Durante os anos 1980, Superman foi a menina dos olhos dos estúdios Warner. Entre 1978 e 1987, o super-herói da DC Comics ganhou quatro filmes de sucesso. A popularidade das produções competia (e perdia) com uma outra saga: Star Wars. Por isso, quando a segunda metade dos anos 1990 trouxe rumores de outra trilogia de Guerra nas Estrelas, começou a circular a ótima ideia de trazer Super-Homem para as telonas novamente.
Superman Reborn (Super-Homem Renascido), então, começou a ser desenvolvido- principalmente pela popularidade da morte do personagem nos quadrinhos em 1993. A Warner contratou Jon Peters, produtor dos populares Batman de Tim Burton, para assumir a produção do projeto.
Jonathan Lemkin foi o roteirista escolhido. A orientação era simples: criar um filme mainstream e que pudesse agradar o máximo de pessoas. Então, na história, Superman engravidaria Louis Lane como uma divindade (nada de sexo, no caso), e esse bebê cresceria para ser o novo Super-Homem. Não gostaram por ser parecido demais com Batman Eternamente.
O desenvolvimento do enredo, então, passou para Gregory Poirier. Na nova trama, Superman seria assassinado - mas retornaria depois. Alguns anos passaram-se e, em 1997, o roteiro passou para Kevin Smith, um geek completo. Hoje, assinou diversas publicações na Marvel e na DC. Na época, era um grande entusiasta de HQ e super-heróis, e fez questão de fazer de Superman Reborn - rebatizado como Superman Lives - bem fiel aos quadrinhos.
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Aí, entra o verdadeiro atrito: Jon Peters, o produtor, não queria nada disso. Ele já havia escolhido o ator principal, Nicolas Cage, e o diretor: Tim Burton. Pensava, então, em um roteiro que fosse agradar mais essa dupla - e os fãs de Batman de Burton, claro, pois esse estilo mostrou-se um sucesso.
Peters apresentou algumas regras estranhas, bizarras e diferentes para Superman Lives: o uniforme do herói deveria ser preto, e não um colant vermelho e azul (cores consideradas infantis); em um misto de Edward Mãos de Tesoura e Jornada nas Estrelas, Superman usaria um traje/farda/ciborgue. Outra opção era uma roupa transparente, deixando à mostra os órgãos internos do herói.
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Outra abolição: poderes de voo. Burton não gostava de trabalhar com eles, então queria tirá-los. No lugar, Superman usaria um veículo para ir para lá e para cá; algo parecido com o batmóvel. Teria a tiracolo, também, um cachorro alienígena. O tempo inteiro.
Existiam, também, sugestões bem sugestivas de monstros: Peters e Burton queriam que Nicolas Cage lutasse contra uma aranha no terceiro ato. Além disso, ele enfrentaria ursos polares se quisesse chegar à Fortaleza da Solidão. Kevin Smith tentou equilibrar um roteiro que atendesse as peculiaridades da produção e fosse fiel aos quadrinhos. Não deu certo. Foi demitido, e outras pessoas revezeram-se no cargo.
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Superman Lives chegou a ter uma pré-produção, e um gasto de US$ 50 milhões que incluia, mas não se limitava a, os salários de Tim Burton e Nicolas Cage. Diversos uniformes foram produzidos para o herói, também, mas não deu certo. Em uma escada criativa tortuosa, o projeto acabou engavetado - e hoje é um dos maiores sucessos/fracassos da história do cinema.
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