Personagem marca presença nos games desde 1986
Felipe Grutter Publicado em 04/08/2020, às 07h00
Há mais de 81 anos, o quadrinho Detective Comics #27 apresentava ao mundo Batman (assim como Bruce Wayne) um dos maiores super-heróis de todos os tempos, que viria a fazer história em praticamente todas as outras mídias de entretenimento, como cinema, série de televisão e até mesmo nos games.
O primeiro jogo do homem-morcego foi lançado em 1986 (falarei sobre ele um pouco depois neste texto). No entanto, o personagem foi ter um maior destaque em 2009, com Batman: Arkham Asylum, jogo desenvolvido pela Rocksteady Studios, que fez outros dois games da franquia: City e Knight.
Isso aconteceu porque a maioria dos jogos do herói eram plataformas sem muita profundidade, desenvolvimento ou originalidade. Além disso, alguns dos games eram baseados nos filmes que lançavam na mesma época.
Antes da série Arkham, a desenvolvedora fez um game chamado Urban Chaos: Riot Response, de maio de 2006. A produção é um jogo de de tiro em primeira pessoa e aborda o conflito entre polícia e bandido. Mesmo com o fato do tema ser bastante batido na indústria, a empresa conseguiu fazer um trabalho sólido e trazer aquele ótimo tiroteio sem mais nem menos.
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A franquia Batman: Arkham ainda ganhou uma prequela que se passa antes de Asylum, intitulada Batman: Arkham Origins, mas desenvolvida pela WB Games Montreal. O game não foi tão bem quanto os outros, mas conseguiu ter um resultado competente.
Então, vamos conhecer cada jogo da franquia Batman: Arkham criada pela Rocksteady.
O dia 25 de agosto de 2009 foi marcado pelo lançamento de Batman: Arkham Asylum, primeiro game da grande franquia criada pela Rocksteady. Ele foi lançado para PlayStation 3, Xbox 360 e PC.
O game acompanha Batman, quem acabou de capturar o Coringa e o leva ao Asilo Arkham. No entanto, o herói suspeita que o Palhaço do Crime trama algo, porque ele teve uma certa facilidade em derrotar o vilão.
Não muito tempo depois, Coringa captura Comissário Gordon e, com a ajuda de Arlequina, toma controle do Asilo Arkham e liberta todos os vilões lá aprisionados. Então, Batman precisa enfrentar boa parte dos arqui-inimigos dele, como Bane, Hera Venenosa, entre outros. E, é claro, derrotar o vilão e estabelecer o controle do lugar novamente.
Asylum foi responsável por trazer toda base que viria a ser trazida pela Rocksteady nos próximos jogos do Batman. Tudo no game foi incrível, desde o roteiro único e original até a jogabilidade, com exceção do final preguiçoso e genérico.
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City foi lançado em outubro de 2011 e é a sequência direta do primeiro game da franquia. Na história do jogo, o prefeito Quincy Sharp fecha diversos bairros de Gotham para servir como prisão para os maiores criminosos de Gotham. O nome do novo presídio: Arkham City.
Logo no começo, Bruce Wayne é jogado lá dentro e, em pouco tempo, já veste o manto do homem-morcego. Lá, ele ouve falar sobre um tal de Protocolo 10, que começará dentro de algumas horas. No passar do game, Batman investiga esse mistério e enfrenta, mais uma vez, boa parte da galeria de vilões dele, como Sr. Frio, Duas-Caras, Pinguim, entre muitos outros.
Batman: Arkham City consegue elevar o nível de Asylum, e nos trouxe um jogo maior, evoluído e mais completo. Quase um jogo perfeito.
Depois do lançamento de Arkham City, a franquia mudou pela primeira e única vez de empresa. A desenvolvedora WB Games Montreal comandou Batman: Arkham Origins, cujo lançamento foi em outubro de 2013, uma prequel de Asylum.
A história do jogo se passa em uma véspera de Natal - anos antes de qualquer acontecimento dos jogos do herói feitos pela Rocksteady - quando Máscara Negra contrata oito super-vilões, como Exterminador, Pistoleiro, Bane, Copperhead e Vagalume, para matar Batman.
Dos quatro games da franquia Arkham, Origins é o pior, ou melhor, o “menos melhor”, porque ele é um jogo bom, mas a proposta e jogabilidade dele são inferiores em relação aos outros.
Porém, Batman: Arkham Origins continua uma experiência na qual você pode investir algumas horas de seu tempo.
Lançado em junho de 2015, Batman: Arkham Knight foi o último jogo da franquia lançado pela Rocksteady. Um outro game da DC feito pela desenvolvedora não foi anunciado até o dia no qual essa matéria foi escrita.
O jogo acompanha Batman quando o Espantalho toma o poder de Gotham e ameaça espalhar o famoso gás do medo por toda cidade. Mas desta vez, a arma dele é bem mais potente e mortal.
Arkham Knight continua traz toda qualidade trazida pela franquia e expande, com um mapa bem maior, mais variedade de missões e, por último mas não menos importante, a inclusão do Batmóvel na gameplay.
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O nosso querido homem-morcego também fez sucesso em outros games um tanto quanto diferentes da franquia Arkham, e boa parte era de plataforma. Veja alguns exemplos abaixo.
Esse game marcou a primeira aparição do Batman nos videogames, mas foi lançado somente para computadores do mercado europeu (via IGN). A desenvolvedora responsável foi a Ocean.
O jogo era 3D, no qual o homem-morcego precisava resgatar Robin. Para concluir tal missão, o jogador precisava explorar a Batcaverna para achar peças para consertar o Batmóvel.
Batman teve um bom desempenho de público e crítica na época. Isso rendeu abertura para outros e outros produtos do herói na indústria dos games.
Esse foi o primeiro game do herói a ser lançado nos Estados Unidos, país no qual Batman foi criado.
O jogo tinha uma proposta interessante: o jogador poderia jogar, em qualquer ordem, duas histórias totalmente diferentes e independentes. Em uma, o principal vilão era o Coringa, na outra, o Pinguim.
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O game foi levemente focado no filme do Batman de Tim Burton, protagonizado por Michael Keaton, mas existem poucos elementos do jogo que podem ser vistos e reconhecidos no longa.
Batman Returns foi lançado para diversas plataformas, a mais icônica é a de NES. O jogo era um brawler de plataforma e tinha wall-jumping, de acordo com matéria da IGN.
Particularmente, eu sou bastante suspeito para falar desse jogo. Eu o joguei quando era criança, no meu primeiro console, o PlayStation 2. Eu amava muito o filme, e isso me ajudou a ter afinidade com o jogo, além de eu ser uma criança e não entender daquilo que faz um jogo ser bom. Além disso, Batman Begins foi o primeiro jogo que lembro de zerar.
Enfim, o game foi lançado exatamente um dia antes do filme homônimo dirigido por Christopher Nolan. O jogo acompanha bastante de perto o enredo do longa, e traz cerca de 20 sequências de vídeo da película.
Batman Begins trouxe uma jogabilidade furtiva bastante semelhante a jogos do gênero bastante icônicos, como Splinter Cell e Metal Gear Solid.
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Ambos os jogos foram feitas pela Telltale, desenvolvedora responsável por obras como The Walking Dead, The Wolf Among Us.
The Telltale Series e The Enemy Within trazem o jogador na pele do Batman, literalmente, no qual cada decisão e ação tomadas por quem controla pode afetar o rumo da trama.
Vale destacar também jogos do herói como Batman: Return of the Joker (1991), The Adventures of Batman and Robin (1994), Batman Beyond: Return of the Joker (2000), Batman: Dark Tomorrow (2003) e Lego Batman (2008).
Bom, primeiramente, todos os jogos de Batman: Arkham transcenderam o subgêneros de jogos de super-herói e influenciou diversos outros jogos, como Sleeping Dogs, Assassin’s Creed III, Mad Max, Middle-earth: Shadow of Mordor, entre muitos outros.
Claro, sem a existência da franquia Arkham, nós (provavelmente) nunca teríamos visto algo semelhante ao jogo do Homem-Aranha para PlayStation 4, um dos melhores jogos de heróis já feitos.
Isso aconteceu porque os games da Rocksteady trouxeram uma mecânica de gameplay única, principalmente na gameplay, na qual diversos elementos do cenário e do personagem podem combinar em uma cadeia de golpes fluídos e satisfatórios. Ou seja, a franquia elevou os games beat’em up para outra potência e nível.
Além disso, os gráficos sempre foram extremamente de ótima qualidade. Sobre isso, a qualidade gráfica de Batman: Arkham Knight é uma das melhores que eu vi e experienciei nessa geração atual de consoles.
Já para os jogos de super-heróis, a série Arkham representou muita coisa, porque nós estávamos acostumados a ver produções de plataforma e jogos incompletos feitos apenas para acompanhar lançamentos dos filmes. Sem contar o desastre como o game do Superman para Nintendo 64.
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Por incrível que pareça, Batman: Arkham foi além dos games e chegou a influenciar os cinemas. É bem evidente que as cenas de luta de Batman vs Superman, dirigido por Zack Snyder, principalmente a cena do galpão, na qual o homem-morcego derrota vários inimigos na porradaria bruta, só faltou o símbolo do morcego na cabeça dos vilões antes dos golpes e as barras de gadgets e vida.
Vale lembrar também do traje do Batman de Robert Pattinson. A região do peitoral da roupa lembra bastante a versão vista em Arkham Knight.
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