Tim Burton tinha várias ideias para o longa, mas problemas com produtos licenciados encerraram a visão do diretor
Redação Publicado em 14/02/2020, às 12h22
Batman (1989) foi um grande sucesso. O filme comandado por Tim Burton revitalizou o personagem e, apesar das esquisitices características do diretor, rendeu uma sequência: Batman: O Retorno (1992).
Com grandes nomes, como Michelle Pfeiffer numa versão marcante da Mulher-Gato, Billy-Dee Williams, o Lando de Star Wars, como Harvey Dent, e Danny DeVito como um Pinguim monstruoso, a continuação também foi um sucesso, mas não teve terceiro filme. Por quê?
Segundo o Screen Rant, Burton tinha história e elenco já pensados para o longa. O cancelamento, porém, se deve a pressão de uma marca muito grande e conhecida.
O filme se chamaria Batman Continues, com o elenco ainda liderado por Michael Keaton como Bruce Wayne. Além dele, Michelle Pfeiffer retornaria, mesmo com a aparente morte no segundo filme. Billy-Dee Williams também estaria de volta, com a promessa de se tornar o vilão Duas-Caras no meio da história.
A terceira aventura do Batman traria caras novas também. O grande vilão seria o Charada, vivido por ninguém menos que Robin Williams. O ator e humorista vivia o auge da carreira nos anos 1990 e vê-lo como vilão do Batman seria no mínimo muito interessante.
Falando em Robin, o longa traria também o ajudante do Homem Morcego. A escolha de Burton era Marlon Wayans (As Branquelas, de 2004). O ator tinha 20 anos na época, e chegou a assinar contratos e tirar medidas para o traje de Robin.
Porém, devido ao cancelamento de Batman Continues e a futura contratação de Chris O’Donnell para ser Robin em Batman Eternamente (1995), a participação de Wayans não aconteceu. Devido aos contratos assinados, o ator recebeu uma indenização e royalties da Warner todos os anos até 2018. Até que ele se deu bem, não?
Curiosamente, o tom sombrio de Tim Burton, muito responsável pelo sucesso dos filmes, foi também o culpado pelo cancelamento. Um dos maiores contratos da Warner para vender produtos licenciados de Batman e Batman: O Retorno era com a rede de restaurantes McDonalds.
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O McDonalds vendia brinquedos do filme na época, mas, após a estreia, a violência gráfica, principalmente envolvendo a Mulher-Gato, o visual assustador do Pinguim e o teor da produção fez vários pais criticarem a associação da marca aquele conteúdo.
Sob ameaças de boicote, o McDonalds pressionou a Warner a remover Burton da direção e mudar drasticamente o tom do próximo filme, o que resultou em Batman Eternamente, comandando por Michael Schumacher. Ironicamente, o “palhaço” levou a melhor e acabou com os planos de trilogia do Batman.
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