Ex-Oasis se apresentou nesta quarta, 2, no Espaço das Américas, em São Paulo
Stella Rodrigues Publicado em 03/05/2012, às 02h09 - Atualizado às 15h15
Noel Gallagher foi recebido tão de braços abertos pelo público paulistano nesta quarta, 2, em São Paulo, quanto o grupo que o consagrou, o Oasis, costumava ser. O músico levou ao Espaço das Américas uma mistura coesa de faixas que gravou ao lado do irmão Liam e dos trabalhos que registrou com a empreitada solo Noel Gallagher’s High Flying Birds. Se normalmente é horrível e cruel observar dois irmãos sendo colocados em julgamento e comparados em suas habilidades, no caso dos dois músicos e rivais, fica difícil não equipará-los. Liam levou da separação do Oasis, em 2009, todo o resto da banda, mas Noel ficou com o talento que sempre teve para as composições. Assim, ele conseguiu fugir da pavorosa maldição de entediar o público saudosista com novas composições: no caso dele, as faixas mais recentes também são bem recebidas.
Com algumas exceções, pouco se sentia de diferença na receptividade do público quando Noel retomava faixas do Oasis, considerado pelo próprio Noel um dos maiores da história, e apresentava outras do disco que divulga atualmente. A escolha de repertório seguiu quase totalmente o set list que ele tem usado para fazer os outros shows da turnê, tendo mudado apenas no bis.
Mesmo com um amplo espectro de canções do Oasis para escolher como forma de encorpar o show, que não se sustentaria sozinho apenas com as dez faixas do disco solo, ele não mexeu muito na escalação (o clichê futebolístico aqui é válido, afinal, Noel é um ávido fã do esporte). Começou o show às 22h, conforme previsto, com ''(It's Good) To Be Free'', ao violão, seguida por ''Mucky Fingers'', durante a qual passou para a guitarra – ele se alternou entre os instrumentos a noite toda. Depois dessas duas do Oasis, foi a vez de "Everybody's on the Run" e a música de trabalho nova, “Dream On”.
Em seguida, lados B do Oasis e singles da carreira solo, como ''The Death Of You And Me'' e "If I Had A Gun", ganham espaço. Foram 16 músicas antes do fanático torcedor do Manchester City se despedir carinhosa e humildemente da plateia, antes do bis. Aliás, se ego é um sinônimo para Gallagher no dicionário do britpop, Noel desafiou a semântica. O jeito irônico, temperado com seu peculiar senso de humor, continuou lá, mas o artista também demonstrou seu lado grato e feliz pelo empenho e dedicação dos fãs. Noel chegou a conversar em alguns momentos com as pessoas que estavam no gargarejo, empunhando cartazes, e até tirou um sarro dos pedidos suplicantes para que incluísse “The Masterplan” no repertório. “Querem ouvir? Ela está no disco Stop the Clocks, ouçam quando chegarem em casa”, riu.
Embora a esta altura tenha parecido improvável, quando ele voltou para o bis houve a mudança no roteiro apresentado em outras cidades. Noel anunciou que mostraria uma canção que nunca tinham tocado antes. Tratava-se de "Let the Lord Shine a Light on Me", que quebrou o bis composto somente de músicas do Oasis que ele costuma fazer. Após a novidade, voltamos para a programação normal com a tríade "Whatever", "Little By Little" e o über hit "Don't Look Back In Anger", que deixou uma energia tão boa no ar que fez qualquer um entender por que até mesmo um teimoso como Liam Gallagher reconsiderou de sua decisão inicial de não tocar músicas do Oasis com sua banda nova, Beady Eye.
Noel Gallagher ainda faz outra performance no Brasil. Ele sobe ao palco do Vivo Rio nesta quinta, 3. Veja mais informações abaixo.
Noel Gallagher no Rio de Janeiro
3 de maio
Vivo RIO – Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo
R$ 300 (pista Premium e camarote A), R$ 280 (camarote B), R$ 200 (pista) ou R$ 140 (frisa) – há meia entrada
Vendas: www.ingressorapido.com.br
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