Na 63ª edição da premiação, a categoria conta com fortes concorrentes de variados gêneros, como Taylor Swift e Dua Lipa a Jacob Collier e Jhené Aiko
Mariana Rodrigues (@marigues_), Marina Sakai (@marinasakai_) e Vitória Campos (@camposvitoria) | (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 14/03/2021, às 08h00
A aguardada 63ª edição do Grammy Awards acontece neste domingo, 14 de março, às 21h pelo horário de Brasília. Dividida em 28 categorias, a maior cerimônia da música conta com fortíssimos indicados para um dos principais prêmios da noite, Álbum do Ano.
Este ano, Taylor Swift com Folklore e Dua Lipa com Future Nostalgia são as grandes apostas para levarem a estatueta. Juntos na categoria estão: Coldplay, Post Malone, o inglês Jacob Collier, a sensação R&B Jhené Aiko, a banda de pop rock Haim e o duo Black Pumas.
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Para entrar no clima do Grammy, a Rolling Stone Brasil preparou uma lista para conhecer e o porque vale a pena ouvir os indicados da categoria Álbum do Ano. Confira:
Como o próprio nome diz, Dua Lipa conseguiu resgatar uma nostalgia do pop anos 1980 com Future Nostalgia (2020). Ao longo de 11 faixas e quase 40 minutos de duração, proporciona uma viagem no tempo com batidas dançantes e chicletes como “Don’t Start Now” e “Break My Heart.”
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Mais pop, Future Nostalgia lembra sucessos de divas como Madonna e Cyndi Lauper. Hits como “Levitating,” “Cool” e “Physical” dão vontade de arrastar o sofá e montar uma balada na sala. Essa foi a forma de Dua de transformar um período difícil como a quarentena em uma grande festa.
Quando ninguém esperava, Taylor Swift decidiu abandonar a era Lover (2019) antes do previsto - a turnê foi cancelada por conta da pandemia de Covid-19 - para se jogar em um novo estilo. Folklore (2020) deixa um pouco o pop de lado para mergulhar no folk, com melodias mais suaves e letras profundas.
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Não à toa, o disco concorre em cinco categorias do Grammy. Ao longo de 16 faixas, Swift criou a trilha sonora perfeita para acompanhar um chá em uma tarde fria ou confortar a todos durante o isolamento social. Em músicas como “betty,” relembra as raízes no country, enquanto em “seven” traz sensação nostálgica, com letra quase com um gostinho de infância. O amor também aparece em canções como "exile", com participação de Bon Iver, e em “the 1,” sobre alguém inesquecível, uma das letras mais fáceis de se identificar.
O ambicioso Everyday Life (2019) é o oitavo disco da banda de rock Coldplay. Dividido em duas partes, Sunrise e Sunset, contém 16 faixas dos mais variados gêneros. Vai do afrobeat nigeriano, passa pela música oriental e chega ao gospel, como em “BrokEn” e “When I Need a Friend”. Coldplay traz um disco recheado de experimentação. As colaborações também não aparentam ter muito em comum; fazem parte: Jacob Collier, Norah Saqur, Olufela Kuti, entre outros.
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Everyday Life pode ser considerado o álbum mais político da banda. Chris Martin canta sobre racismo, armamento, violência policial, religião e ataques de mísseis na Síria. Mesmo com a direção experimental do rock alternativo, o disco conquistou nota 73 no Metacritic, e mostrou, mais uma vez, a razão do Coldplay estar sempre no topo das paradas.
Mostrando a maturidade musical atingida pela artista, Chilombo (2020) é o terceiro álbum de Jhené Aiko. Com 20 faixas, fala sobre as fases do fim de um relacionamento, desde o coração partido como na intro “Lotus”, as idas e vindas como em “Triggered (freestyle)” e finalmente, a fase de libertação e empoderamento em “B.S.”.
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Gravado no Havaí e inspirado nas paisagens naturais, traz um suave R&B. Coleciona parcerias poderosas como H.E.R., Big Sean, Nas, Ty Dolla $ign e John Legend, essa última responsável pela indicação de “Lightning & Thunder” na categoria de Perfomance de R&B no Grammy 2021.
Chilombo estreou em segundo lugar no Top 200 Álbuns da Rolling Stone EUA e concorre em três categorias. O sucesso do disco pode ser explicado pela maneira como Jhené Aiko transformou a frustração e o luto em arte e cura, para ela, e para quem escuta.
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O estilo de Post Malone é difícil de descrever, algo entre hip-hop, pop e rock alternativo. Hollywood’s Bleeding (2019), terceiro disco do cantor, é um perfeito exemplo disso. Post manteve uma das parcerias mais valiosas herdadas de Beerbongs & Bentleys (2018), o produtor Louis Bell. Juntos, chegaram ao topo das paradas no disco anterior e repetiram a fórmula em Hollywood’s Bleeding.
A voz de Post é extremamente versátil e os refrões são difíceis de esquecer. Colaborações com Da Baby, Halsey, SZA, Travis Scott e Ozzy Osbourne — sim, ele mesmo — tornam o álbum de 17 faixas diverso e interessante. Digno de indicações às três categorias mais importantes do Grammy: Álbum do Ano, Gravação do Ano e Música do Ano.
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Veterano no Grammy, Jacob Collier levou quatro prêmios ao longo dos últimos quatro anos, mas esta é a primeira vez numa das categorias principais, Álbum do Ano. Djesse Vol. 3 (2020) é o quarto disco do artista, e demonstra maturidade. Com 12 faixas, é uma mistura de R&B, funk, neo soul e EDM, mas é também o trabalho com mais influências do pop.
Jacob faz de tudo: voz, piano, guitarra, baixo, contrabaixo, bateria, ukulele. É uma banda de um homem só. Desde o começo da carreira, impressiona com a habilidade de construir harmonias como ninguém e trazer grooves inesperados. Fica claro: conhece música de verdade. Apesar das diversas colaborações — incluindo Daniel Caesar, Ty Dolla $ign, Tori Kelly, entre outros — a voz melodiosa e grave de Collier ainda arruma espaços para brilhar.
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É difícil de acreditar, mas esse é o disco de estreia dos Black Pumas. O duo composto pelo produtor Adrian Quesada e vocalista Eric Burton disputou o Grammy de Artista Revelação em 2020. Tudo sobre eles grita nostalgia: a versão deluxe do álbum tem lado A e B — o segundo é feito de covers e versões ao vivo — e o som é uma viagem de volta aos anos 1960 e 1970.
Soul, R&B e funk poucas vezes são revisitados à maneira Black Pumas, parece originário de outra época. Pianos eletrônicos, guitarras, cordas, instrumentos de sopro, bateria bem marcada e a voz de Burton por cima montam a combinação perfeita. A dupla é pouco influenciada por quem está do lado de fora e, com o tempo, tem imenso potencial para crescer.
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Este, Danielle e Alana transformaram experiências muito pessoais em composições no Women In Music pt. III (2020). Com um nome forte, as irmãs queriam realmente mostrar para o mundo porque merecem um espaço na música - e foram muito bem sucedidas na missão.
As 16 faixas exploram um novo lado musical de Haim. Apesar de ainda ser um disco de pop rock, há uma leve mistura com outros ritmos como reggae, folk-pop e R&B. Com uma melodia relaxante, mas suficientemente animada, Haim consegue transportar o ouvinte para um dia ensolarado na praia em faixas como “Los Angeles” e “Up From A Dream.”
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