“Estamos começando a nos sentir como uma família de novo, o que é muito importante para nós”, afirma o vocalista
Rolling Stone EUA Publicado em 21/07/2013, às 11h36 - Atualizado às 11h40
Além de estar à frente de duas populares bandas de metal, o Slipknot e o Stone Sour, Corey Taylor desenvolveu uma séria carreira literária. Ele alcançou a lista de mais vendidos do jornal The New York Times pela primeira vez em 2011, com Seven Deadly Sins, e espera alcançar o mesmo com seu novo título, A Funny Thing Happened on the Way to Heaven (Or, How I Made Peace with the Paranormal and Stigmatized Zealots and Cynics in the Process)
Lançado no dia 16 de julho pela editora Da Capo Press, o livro não é uma sequência temática ao autobiográfico Sins. Nele, Taylor lembra suas experiências sobrenaturais durante a vida, e ele tem algumas memoráveis. O escritor/cantor falou com Rolling Stone EUA sobre a origem do livro e o futuro do Slipknot.
Como te afetou voltar atrás e recontar experiências sobrenaturais neste livro?
Eu não tinha percebido quanto material recolhi até quando sentei e pensei, “Uau, isto é voltar um longo período”. E então conversei com pessoas que conhecia, quando estive em determinados locais – como em uma mansão em Los Angeles. É um exemplo perfeito, foi onde gravamos Vol. 3 e me lembro de conversar com o Clown [do Slipknot] sobre isso, e ele resgatou coisas que eu tinha esquecido. Então, foi legal voltar e recuperar memórias.
Uma vez que fiz isso, o fluxo fez sua parte. Mas não foi tão pesado como quando fiz Seven Deadly Sins, que tinha muito material pessoal que eu nem tinha percebido que carregava. E muita culpa envolvida, muita emoção, muita depressão. Uma vez que terminei de escrever aquele livro, pude deixar as coisas irem embora. Agora não foi uma mudança de vida como em Seven Deadly Sins. Mas me senti bem de saber que iria ser tratado com respeito. Não queria chocar valores nem nada – é apenas o meu caso e o meu ponto.
Você teve qualquer experiência sobrenatural depois que terminou o livro?
Sim, muitas. Algumas coisas acontecem na minha casa que são bem complicadas. Mas é a mesma coisa – subindo e descendo as escadas. Parece que toda manhã, quando estou fazendo café para o meu filho, alguma coisa vem correndo até mim. É de arrepiar. Fico, “Sério? São sete da manhã. Você pode me deixar sozinho até terminar pelo menos dois copos de café?” É ridículo neste ponto. Mas coisa padrão. Acho que deveria bater na madeira agora.
Estou aprendendo coisa nova o tempo inteiro. Minha cunhada colocou um gravador em um dos armários na casa que tenho em Las Vegas, e gravou cerca de oito horas. E tem quatro momentos com vozes, sendo que não tinha ninguém na casa. Então, tem coisas novas o tempo inteiro… mas vou guardar isto para um capítulo especial quando tiver que escrever.
A história de ser empurrado em um lance de escadas quando carregava seu filho pequeno é bem horripilante.
Sim, aquilo foi na minha casa antiga, em uma parte diferente da cidade. Nunca havia sentido algo físico antes. Com tudo pelo que passei, nunca tinha sentido uma coisa física. O mais perto foi quando tive lençóis puxados na mansão. Aquilo foi uma coisa completamente diferente, e graças a Deus tive tranquilidade para me acalmar. Mas aquilo me assustou. Foi uma das raras vezes que senti algo maligno vindo daquilo. O que você faz em uma situação como essa? Você tem que se acalmar, porque está com uma criança nas mãos, e ter certeza de que vai lidar com aquilo do jeito certo.
O que você tem a dizer a pessoas que podem ler seu livro e não acreditar em suas lembranças?
Bom, é o que é. Como disse antes, não estou tentando convencer ninguém. Estou tentando eu mesmo entender isso. E ou você está sozinho na caminhada ou não está. Neste momento, a maioria das pessoas que vai ler o livro tem suas convicções, até algo acontecer. E este é o momento em que uma conversa completamente diferente pode começar. Mas estou tentando me entender comigo, e talvez ajudar outras pessoas que viram coisas como eu vi.
Você também compartilha sua visão de Deus e religião neste livro. Está preparado para uma possível controvérsia que pode causar?
Sim. Quero dizer, estamos em 2013. Se as pessoas não podem ter uma conversa aberta sobre o que a religião organizada significa para eles, então talvez devemos todos começar a fazer penteados antigos e ouvir Big Bopper. Todas as questões que levanto são válidas. E até digo no livro, isto não vai rebaixar quem tem fé verdadeira e leva a vida a partir disso. Trata-se de religião organizada e o que isso faz com as pessoas.
Qual é o status atual do Slipknot? Há alguma conversa sobre fazer um novo disco?
Começamos devagar, mas com certeza começamos a discutir isso. Vamos fazer alguns shows neste ano na Europa e talvez mais alguns (o Slipknot é uma das atrações do festival Monsters of Rock, que acontecerá em outubro, em São Paulo). E então, no ano que vem, vamos começar a juntar as coisas, ver o que pode acontecer. Finalmente parece que é hora. Não apenas para mim, mas para os caras da banda. Tivemos todos um longo caminho nesses últimos anos. Começamos a nos organizar, e nos sentimos como uma família de novo, o que é importante para nós. Disfuncional como essa banda foi no passado, sempre estivemos lá uns para os outros. E estamos começando a refletir isso agora. Então, acho que estamos todos na mesma página, vai ser um pouco mais fácil ir para o estúdio e começar a fazer música sem Paul [Gray, o baixista do Slipknot que morreu em 2010]. E isto foi uma das principais coisas – não querer enfrentar isso. Mas acho que estamos perto da hora certa. Acho que ano que vem vamos finalmente ter tempo para fazer isso.
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