Em entrevista, senador Humberto Costa falou sobre o futuro das investigações da CPI da Covid e comentou as medidas do governo em relação à pandemia
Redação Publicado em 23/06/2021, às 09h30
Senador e ex-ministro da saúde, Humberto Costa (PT-PE), em entrevista Grupo Perfil e à Rolling Stone Brasil, falou sobre o andamento da CPI da Covid e as expectativas para as próximas semanas de investigação. Na conversa, comentou sobre novos depoimentos - incluindo de Wilson José Witzel (PSC), impeachmado do cargo de governador do Rio de Janeiro em abril deste ano - e medidas do governo em relação à pandemia e às investigações pendentes, inclusive de Marcelo Queiroga, ministro da saúde.
Costa comentou sobre o aguardado depoimento privado de Witzel, quem depôs à CPI no dia 16 de junho. O ex-governador, retirado do cargo por acusações de crime de responsabilidade na área da saúde, afirmou aos senadores da CPI "perseguição política." Para a próxima fase do depoimento, agora privada, Costa espera investigar "especialmente as organizações sociais atuantes na área da saúde [pelo] governo do estado" (Witzel descreveu as organizações como "grande foco de corrupção"). Também observarão desvios de dinheiro voltado para o combate ao coronavírus.
O petista também comentou sobre suposições de que algumas testemunhas passariam a ser investigados - como Marcelo Queiroga, ministro da saúde. Embora Costa concorde com a necessidade de investigações de irregularidade, não acredita ser a melhor hora para isso - sendo investigado, o ministro não poderia ser obrigado a comparecer à CPI nem fazer o juramento de dizer a verdade se isso o ferir. Preferem aguardar:
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"O centro da nossa investigação é tentar comprovar que o governo federal adotou uma estratégia de enfrentamento da pandemia de Covid-19: obter a imunidade coletiva - ou imunidade de rebanho - pela rápida e ampla transmissibilidade do vírus. Ou seja, não fazer nada, para contaminar o maior número de pessoas, e com isso teríamos essa chamada imunidade coletiva."
Inclusive, Costa afirmou que o agravamento da pandemia em Manaus e a consequente falta de oxigênio foi "um experimento" do governo federal. Decidindo explicitamente negar adoção de medidas não farmacológicas comprovadas - como isolamento social - e estimulando o uso do "kit-covid" para prevenção, queriam provar a teoria da imunidade de rebanho, "mas o que vimos foi uma tragédia."
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De acordo com Costa, as investigações comprovam a negligência por parte do Estado em relação às medidas de prevenção e tratamento do vírus. "O que trabalhamos, agora, é a investigação de quem ganhou com isso. Quem ganhou dinheiro com a demora na vinda da vacina, quem ganhou dinheiro com a venda desses medicamentos sem eficácia para o tratamento da Covid-19 e se há alguma corrupção nisso."
A entrevista completa de Humberto Costa ao Grupo Perfil está no nosso canal oficial do YouTube e pode ser conferida abaixo:
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