Guitarrista se diz favorável a “mudança completa” no sistema político e garante que turnê comemorativa chega ao fim este ano
Lucas Brêda, de Ribeirão Preto Publicado em 21/06/2016, às 13h38 - Atualizado às 14h22
Dado Villa Lobos tocou no festival João Rock, no último sábado, 18, com o baterista Marcelo Bonfá e o vocalista André Frateschi, levando a Ribeirão Preto (SP) a turnê comemorativa dos 30 anos do primeiro álbum do Legião Urbana. Acontecendo desde 2015, os shows de celebração acabam este ano, segundo o guitarrista.
“Não [vamos continuar com relançamentos e turnês comemorativos do Legião Urbana], senão eu não paro mais!”, disse Villa Lobos em entrevista à Rolling Stone Brasil, nos camarins do João Rock. “O plano é encerrar agora no fim do ano e talvez fazer no ano que vem esporadicamente.”
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O disco de estreia do Legião Urbana, autointitulado, saiu em 1985, enquanto a sequência dele, Dois, foi lançado no ano seguinte (completando o 30º aniversário em 2016). De acordo com o guitarrista, a data não vai render uma excursão semelhante a Legião Urbana XXX Anos, e o projeto atual foi para lembrar de quando ele, Bonfá e Renato Russo estavam começando o grupo.
“Vamos continuar só esporadicamente e só se não conseguirmos chegar [em 2016] em alguns lugares”, acrescentou Villa Lobos, que também revelou ter um disco solo encaminhado (assim como Bonfá). “É para celebrar realmente o primeiro disco, de quando a gente era realmente moleque. É bom.”
Ele também comparou a experiência de tocar as músicas da banda atualmente e há 30 anos. “Hoje em dia sou mais seguro, estou entendendo mais aquilo tudo, o que essas músicas representam para mim e para o público”, disse ele. “Essas canções transformam pessoas. Eu fui transformado pela música, quando tinha 10, 15 anos de idade. Então, hoje, eu sei o valor que isso tem.”
Falando sobre política, Villa Lobos defendeu que um espaço como o João Rock não era exatamente adequado para manifestações de artistas. “Tivemos uma overdose de informação nesses últimos tempos, está difícil”, comentou. “Mas acho que o festival, aqui, não é lugar para isso. As pessoas estão aqui justamente para esquecer um pouco disso.”
“É claro que acabamos lembrando-os”, continuou o guitarrista, questionado pela reportagem se músicas como “Que País É Esse?” e “Perfeição” – presentes no setlist do show da banda – não seriam inevitáveis referências à política. “É... Aí fodeu, né? Aí não tem jeito.”
No fim da conversa, ele também deu as opiniões sobre o momento político do país. “Quero que haja uma mudança de modelo completa, uma transformação no Brasil”, disse. “Sou a favor do impeachment do [atual presidente interino, Michel] Temer, de tirar todo mundo. Não sei como e nem se estamos preparados para isso. Mas é um dia após o outro.”
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