Com o sol na cara, Deftones faz show nostálgico só para fãs
Por Pablo Miyazawa Publicado em 08/11/2009, às 22h56
Inspirado provavelmente pelo clima generalizado de revival, o Deftones subiu ao palco do festival Maquinária, no sábado, 7, preparado para um passeio pelo passado. Com um show calcado em seus primeiros três discos, lançados entre 1995 e 2000, o quinteto de Sacramento (Califórnia) levou uma hora e quinze minutos para relembrar ao público o porquê de o new metal ter sido tão popular no final dos anos 90.
A última vez que o Deftones tocou no Brasil foi em 2007, pela turnê do álbum Saturday Night Wrist (2006). Os tempos eram diferentes então. A banda ainda contava com a presença de baixista Chi Cheng e o vocalista Chino Moreno expunha bons quilos a mais por de trás da guitarra que empunhava na maior parte do tempo. O show apresentado ontem em São Paulo trouxe uma peça diferente - Sergio Vega, que substitui Cheng, ainda em coma após um acidente de carro ocorrido há quase um ano. Com um estlio relaxado e sorriso constante, o ex-baixista da extinta Quicksand era um visível ponto de referência do lado direito do palco, contrastando com a imobilidade costumeira do taciturno guitarrista Stephen Carpenter.
O calor intenso não impediu Chino de se entregar com afinco, suor e garganta - mais esbelto e esbanjando controle da voz, ele abusou de danças solitárias e da tradicional agachada seguida de grito primal que lhe tornou notório. Tocando com o sol na cara e com pouca conversa, a banda fez questão de destacar as faixas mais empolgantes de Adrenaline, de 1995 ("Nosebleed", "Root"), Around the Fur, de 1997 ("My Own Summer", "Head Up", "Lotion") e White Pony, de 2000 ("Knife Party", "Elite", "Feiticeira", "Change"). Uma prévia do próximo disco, previsto para fevereiro de 2010, ficou por conta da faixa de abertura, "Rocket Skates". Somente nas duas únicas faixas de Saturday Night Wrist ("Beware" e "Hole in the Earth") Chino comandou sua Gibson SG. Em "Hexagram" (de Deftones, 2003), o hiperativo vocalista escalou a grade para dividir o microfone com a plateia.
Os desavisados provavelmente não conseguiram distinguir uma faixa da outra, mas os fãs souberam aproveitar o autêntico "greatest hits" ao vivo proporcionado por um empenhado e afiado Deftones. O desfecho, "7 Words", foi entoado com energia pelo público suado, de braços levantados e punhos cerrados. Pelo menos ali, no primeiro dia do Maquinária, era 1995 novamente.
A primeira noite do festival ainda teve apresentações de Faith No More (saiba mais), Jane's Addiction (saiba mais), Sepultura e Nação Zumbi.
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