Faixa "Dia a Dia" integra o novo álbum do grupo pernambucano que reúne canções inéditas criadas entre 1972 e 1974
Pedro Antunes Publicado em 07/02/2019, às 18h00
Foram 45 anos. Muita água passou debaixo dessa ponte, o rock dos anos 80, o BRock, o rock loshermanico, o rock emotico (emo), o novo rock psicodélico. De 1974 até aqui, uau, o mundo deu sei lá quantas voltas em temáticas, estéticas musicais, reviravoltas políticas.
Por isso, mesmo, a emoção de ouvir algo resgatado das profundezas desse passado, da década de 1970, quando as coisas no País pareciam tão complicadas (em termos de ditadura militar) e, ao mesmo tempo, tão simples - não havia uma rede social como o Instagram para quantificar a popularidade de uma banda ou outra.
Assim, em pleno 2019, caótico e conturbado, está de volta uma das principais bandas de rock do País quando o calendário marcava 1970 e tantos. O Ave Sangria está de volta.
Precursores do que depois viria a ser o rock psicodélico e chamados na época de "Rolling Stones do Nordeste", o grupo formado por Marco Polo (voz), Almir de Oliveira (voz e guitarra base) e Paulo Rafael (guitarra solo e viola) se reuniu para dar nova vida ao Ave Sangria, depois de serem redescobertos por uma geração de aficionados vinda da era digital.
Por eles, o grupo revirou os baús e encontrou 11 canções inéditas, criadas entre os anos de 1972 e 1974, todas inéditas.
A Rolling Stone Brasil lança, com exclusividade, a primeira delas, "Dia a Dia", com um lyric vídeo que pode ser assistido no player abaixo:
“O repertório do novo álbum persegue as características recorrentes do grupo: do divertimento escrachado à morbidez de temas sombrios, da crítica social implacável ao mais delirante psicodelismo, da agressividade dos rocks pesados ao lirismo acústico das baladas”, explica Marco Polo.
Em 1974, o Ave Sangria lançou seu único disco, que levava o mesmo nome da banda, realizado pela gravadora Continental. Mas foram censurados pela Ditadura Militar, por conta da música "Seu Waldir".
Com isso, seguiram à margem, como integrantes da conta-cultura, como figuras afastadas dos palcos até 2008, quando uma nova geração descobriu o grupo - cujo nome inicial era Tamarineira Village, em referência ao Greenwich Village de Nova York.
A alucinante "Dia a Dia" foi registrada ao vivo no vinil Perfumes Y Baratchos, mas a versão atual é peso-pesado e mais afiada nas distorções. Vendavais, o novo disco do Ave Sangria, será lançado ainda no primeiro semestre de 2019.
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