Diddy pede arquivamento de processo 'vago' do produtor de Love Album

Artigo publicado em 26 de agosto de 2024 na Rolling Stone, para ler o original em inglês clique aqui.

O magnata da música Sean "Diddy" Combs está pedindo a um juiz federal que rejeite a ação judicial explosiva de assédio sexual, tráfico e extorsão movida contra ele pelo produtor musical Rodney "Lil Rod" Jones. Esta ação segue o acordo rápido alcançado por Diddy com sua ex-namorada Casandra "Cassie" Ventura no ano passado, em um caso similar.

Em uma moção para arquivamento apresentada na segunda-feira no tribunal federal de Manhattan, os advogados de Diddy descreveram a última versão da denúncia de Jones, com 98 páginas, como "vaga", "descarada" e exagerada. Eles alegam que Jones, que trabalhou com Combs no álbum indicado ao Grammy Love Album entre setembro de 2022 e final de 2023, está tentando "disfarçar uma simples disputa comercial como uma conspiração salaciosa de RICO". Jones já havia apresentado sua primeira denúncia em fevereiro e a emendou duas vezes antes de recentemente concordar em retirar o gigante musical Universal Music Group como réu.

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"Apesar de toda sua hipérbole e teatralidade, a [segunda denúncia emendada] não apresenta uma única reivindicação viável contra qualquer um dos réus Combs," afirma a nova documentação da moção. "Repleta de alegações legalmente insignificantes e falsidades flagrantes, o verdadeiro propósito da SAC é gerar hype na mídia e explorá-lo para extrair um acordo."

Erica Wolff, advogada de Combs, declarou em um comunicado:

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"A ação judicial do Sr. Jones é pura ficção - uma tentativa descarada de criar hype na mídia e extrair um acordo rápido. Não houve conspiração e o Sr. Jones não foi ameaçado, assediado ou traficado. Estamos ansiosos para provar - em um tribunal - que todas as alegações do Sr. Jones são fabricadas e devem ser rejeitadas."

Combs e sua equipe jurídica alegam que Jones não tem legitimidade para fazer uma reivindicação de extorsão porque afirmam que sua reivindicação de quebra de contrato por suposto não pagamento não qualifica como um "ato predicado" necessário. Eles também argumentam que a reivindicação de tráfico feita por Jones deve falhar porque, em sua opinião, ele não estabeleceu que foi submetido a "ameaças de força, fraude ou coerção".

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A defesa também classifica as alegações de Jones como "vagas", especialmente no que diz respeito à acusação de toques indesejados e não autorizados em seu ânus. Segundo os advogados de Combs, Jones deveria estabelecer "o onde, quando e como da suposta má conduta" e não oferece evidências de "qualquer conversa sobre, relato ou testemunha de qualquer ocorrência específica".

O juiz federal encarregado do caso ainda não deve emitir uma decisão sobre a moção tão cedo. Jones terá a oportunidade de responder por escrito primeiro. Enquanto isso, o advogado de Jones, Tyrone Blackburn, mencionou na segunda-feira que Combs poderia ter apresentado uma declaração juramentada para apoiar sua moção, mas não o fez. Ele também destacou que Combs foi alvo de uma operação das autoridades federais em março.

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"Isso nada mais é do que um exercício de faturamento pelo mais recente conjunto de advogados de Sean Combs. É uma tentativa fraca de encher seus bolsos antes que ele seja indiciado e eles decidam dar no pé, assim como fizeram seus cinco advogados anteriores," disse Blackburn em um comunicado. "Eu escolho meus clientes; eu não escolho seus fatos. Rodney Jones apresentou uma declaração juramentada sob pena de perjúrio quanto à veracidade das questões afirmadas no processo. Sean Combs pode fazer o mesmo?"

Na ação judicial apresentada, Jones afirma que Combs o submeteu a contato sexual indesejado e também o drogou secretamente, forçando-o a solicitar e participar de contato sexual com trabalhadores sexuais. Ele afirma possuir provas físicas para algumas das acusações, incluindo gravações em vídeo.

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Jones também acusou Brendan Paul, associado a Combs, de ser um "moleque" responsável por adquirir e distribuir "drogas e armas" para o magnata da música. Durante operações realizadas pelo Departamento de Segurança Interna nas propriedades de Combs em março, Paul foi preso e acusado de posse de cocaína. Paul se declarou inocente, aceitando posteriormente um acordo para completar um programa antidrogas.

Entre os réus na ação estão Kristina Khorram, chefe de gabinete de Combs; Justin Combs, filho do magnata; além do rapper Yung Miami e do ator Cuba Gooding Jr., ambos citados nos documentos judiciais junto com Jones.

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Jones é o primeiro homem a acusar Combs de assédio sexual e má conduta. Ele é uma das oito pessoas que apresentaram ações judiciais por assédio sexual contra Combs desde novembro de 2023.

Falando anteriormente à Rolling Stone como parte de uma investigação sobre o magnata da música que durou seis meses, Jones afirmou: "Combs é um monstro... Este cara não tem alma. Ele não tem dever para com ninguém, nem mesmo seus filhos."

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