Kenny Ortega foi o primeiro a dar depoimento da audiência preliminar iniciada nesta terça, 4; nesta foto, ele aparece no memorial da morte do cantor - AP

Diretor de This Is It dá depoimento contra Conrad Murray

Kenny Ortega sustenta, em audiência preliminar, que o médico tratou Michael Jackson com negligência

Da redação Publicado em 04/01/2011, às 18h53

Kenny Ortega foi a primeira testemunha do caso Michael Jackson a dar seu depoimento no primeiro dia da audiência preliminar realizada nesta terça, 4, na Corte Superior de Los Angeles. O diretor de This Is It, série de shows do astro que seria realizada em Londres em 2009 (interrompida devido à morte do cantor em 25 de junho do mesmo ano, e que deu origem ao documentário homônimo), diz que o Dr. Conrad Murray não se preocupou com o estado de saúde do cantor.

Com base em informações divulgadas pelo site TMZ, Ortega posicionou-se contra o Dr. Conrad Murray, médico contratado para cuidar da saúde do astro pop na época (e responsável pela aplicação de 25 mg de Propofol, poderoso anestésico que ocasionou a morte de Jackson). O produtor disse que o cardiologista ficou incomodado por Ortega ter mandado Michael para casa no dia 19 de junho de 2009, cancelando o ensaio daquele dia, para que Jackson descansasse, já que se encontrava gripado. De acordo com o produtor, Murray achava que apenas ele poderia tomar uma decisão como aquela.

Ortega contou que, em uma reunião na casa de Michael Jackson no dia 20 de junho, Murray disse que o cantor estava "fisicamente e emocionalmente bem", mesmo após Ortega ter afirmado que, no ensaio do dia anterior, Jackson teve calafrios e que não estava nada disposto. O argumento acerca deste encontro é importante para os promotores, já que estes alegam que Murray agiu sem a devida cautela e prudência ao tratar seu paciente. Vale lembrar que a audiência preliminar determinará se as autoridades possuem evidências suficientes para que Murray seja levado a julgamento por homicídio culposo.

Ainda na Corte Superior de Los Angeles, Ortega contou que 23 e 24 de junho "foram dois dias maravilhosos de ensaios" e que Michael Jackson estava feliz e saudável. O aspecto principal em tal comentário é o argumento de que o cantor não estava mal no dia anterior à sua morte, mas que foi o Propofol que o colocou em perigo. A família do cantor também compareceu à audiência e Jackie Jackson, irmão do Rei do Pop, disse à imprensa na porta do local que os membros do clã Jackson estão em busca de justiça.

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