Alvo de críticas por sexualização de crianças, Maïmouna Doucouré explicou que o filme seria, na realidade, um alarme para o problema
Redação Publicado em 15/09/2020, às 16h18
Após o marketing e lançamento de Cuties (Lindinhas, em português) na Netflix, o filme gerou diversas polêmicas nas redes sociais. Apesar de ganhar o prêmio de direção no Festival de Sundance, a diretora Maïmouna Doucouré está sendo criticada por sexualizar crianças - e também pode se tornar alvo de uma investigação do governo dos Estados Unidos, segundo a NME.
No dia 11 de setembro, o senador Ted Cruz escreveu uma carta ao procurador-geral dos Estados Unidos, William Burr, pedindo ao Departamento de Justiça a investigação do filme:
“O serviço de streaming de vídeo e produtor de conteúdo Netflix está atualmente apresentando um filme intitulado Cuties que sexualiza meninas, inclusive por meio de cenas de dança que simulam atividades sexuais e uma cena expondo os seios nus de um menor.”
Mesmo com as críticas e polêmicas, a cineasta Doucouré defendeu o filme em painel do Festival Internacional de Cinema de Toronto: “É porque eu vi tantas coisas e tantos problemas ao meu redor vividos por meninas, que decidi fazer este filme e soar um alarme e dizer que precisamos proteger nossas crianças”.
A diretora também explicou: “É ousado, é feminista, mas é muito importante e necessário criar um debate e tentar encontrar soluções, para mim como artista, para políticos e pais. É um problema real”.
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