Premiação teve diversas críticas por indicar e premiar majoritariamente artistas brancos
Redação Publicado em 09/09/2020, às 08h07
Depois de anos com críticas a falta de indicação e premiação de artistas não-brancos, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, anunciou na última terça, 8, mudanças com quatro padrões de inclusão e representatividade para categoria de Melhor Filme. Alteração começará a partir da edição do prêmio de 2024.
Segundo a Variety (via Uol), essas mudanças foram criadas pela iniciativa "Academy Aperture 2025", responsável por procurar trazaer mais diversidade às telonas do cinema e ao Oscar. Nas premiações de número 94 e 95, que aconteceram em 2022 e 2023, respectivamente, as produções dos filmes, para serem indicados a Melhor Filme, precisarão mandar um formulário confidencial de Padrões de Inclusão da Academia.
Já a partir de 2024, para a 96ª cerimônia do Oscar, os inscritos terão que atender a, pelo menos, dois dos quatro padrões estabelecidos pela Academia. No Twitter, a organização escreveu: "A mudança começa agora. Anunciamos novos padrões de representação e inclusão para elegibilidade para Melhor Filme".
Change starts now. We've announced new representation and inclusion standards for Best Picture eligibility, beginning with the 96th #Oscars. Read more here: https://t.co/qdxtlZIVKb pic.twitter.com/hR6c2jb5LM
— The Academy (@TheAcademy) September 9, 2020
O primeiro padrão recebeu o nome de "Representação na Tela, nos Temas e nas Narrativas", no qual o elenco do longa precisará ter atores principais ou coadjuvantes de grupos raciais "sub-representados", pelo menos 30% dos atores em papéis secundários precisam ser mulheres, LGBTQ+, de grupos de diferentes etnias e/ou pessoas com deficiências cognitivas ou físicas. Caso não tenha esse quesito, as produções podem ter um dos enredos centrado em um destes grupos mencionados.
Já o segundo padrão é o "Liderança Criativa e Chefes de Departamento". Este critério diz para, dos principais cargos da produção indicada, pelo menos dois precisarão ser ocupados por uma pessoa de etnia "sub-representada" e por outra pessoa que pertence ao grupo LGBTQ +, seja mulher ou tenha uma deficiência. Se não atender este quesito, o longa deverá ter pelo menos seis equipes com grupos étnicos "sub-representados" ou ainda 30% da equipe com pessoas desses grupos citados.
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O terceiro consta como "Acesso e Oportunidades da Indústria". Nele, a distribuidora ou produtora financeira do filme precisará, obrigatoriamente, possuir "estagiários/aprendizes pagos contínuos" dos grupos citados nos outros padrões e deverá oferecer "oportunidades de treinamento e/ou trabalho para o desenvolvimento de habilidades" para os profissionais.
O quarto, por fim, é o de "Desenvolvimento da Audiência" e consiste em trazer para as produções a representatividade no marketing, publicidade e distribuição. "A abertura deve se alargar para refletir nossa população global diversificada tanto na criação de filmes quanto nas audiências que se conectam com eles", disseram o presidente, David Rubin, e o CEO, Dawn Hudson, em uma declaração conjunta.
Eles continuaram: "a Academia está empenhada em desempenhar um papel vital para ajudar a tornar isso uma realidade".
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