- Angelines Fernández como Bruxa do 71 em Chaves (Foto: Reprodução / Youtube / Canal Chaves)

Dona Clotilde, a Bruxa do 71 de Chaves, lutou contra a ditadura e era ‘antifa’

Angelines Fernández foi militante da Guerra Civil Espanhola e oposição do governo de Francisco Franco

Redação Publicado em 02/07/2020, às 08h55

A atriz Angelines Fernández marcou a infância de muitas crianças latino-americanas com o papel de Dona Clotilde, mais conhecida como Bruxa do 71, na série Chaves. Mas antes de se tornar artista, ela fez parte do movimento antifascista. 

De acordo com informações do Uol, a filha da atriz, Paloma Fernández, já mencionou em algumas entrevistas o papel da mãe na Guerra Civil Espanhola e na Ditadura Franquista, na década de 1930. 

Em entrevista ao portal oficial de Chaves, Paloma disse que Angelines participou do movimento revolucionário republicano e dos Maquis, grupo de oposição a Francisco Franco. Porém, a vida política obrigou a atriz a deixar o país de origem, a Espanha. 

+++ LEIA MAIS: Grupo humorístico transforma personagens de Chaves em assassinos; veja

"Quando atuava na guerrilha espanhola, minha mãe era classificada como antifranquista, então ela precisou deixar a terra natal, considerando que sua vida ficaria cada vez mais difícil", disse a filha. 

Angelines seguiu os mesmos passos dos militantes que fugiam do fuzilamento ou da prisão e se mudou para Cuba em, 1947. Pouco tempo depois, ela foi para o México, onde viveu o resto da vida e ficou eternizada nas produções televisivas do país.

Apesar de ser conhecida pela personagem cômica, Angelines teve uma longa trajetória como atriz de produções dramáticas. No entanto, foi a Bruxa do 71 que marcou a carreira da artista, que, curiosamente, morreu aos 71 anos, em 1994. 

+++ LEIA MAIS: Jim Carrey prevê que irá apanhar de Tom Cruise por novo livro: ‘Uma grande surra’

"Ela comentava comigo que se sentia triste porque ninguém queria ficar perto dela, porque tinham medo. Depois se acostumou e não se incomodava mais em ser chamada de bruxa”, disse Paloma

Para a Rocío González Naranjo, professora e pesquisadora pela Universidade de Huelva e administradora no Facebook da comunidade "El día que supe que era feminista", a história de Angelines precisa ser lembrada. 

"Embora Chaves também seja amplamente visto na Espanha e Angelines seja muito amada, sua história, infelizmente, foi silenciada [...] Ela e todas as mulheres antifascistas inspiraram muitas outras. E continuamos lutando não apenas pelo reconhecimento delas nos livros de história, mas também por igualdade salarial e contra os vários tipos de violência que podemos sofrer”, disse a pesquisadora em entrevista ao Universa do Uol


+++ RAEL | MELHORES DE TODOS OS TEMPOS EM 1 MINUTO

série notícia ditadura chaves trajetória militante Dona Clotilde antifa Bruxa do 71

Leia também

Sammy Hagar quer paz com Alex Van Halen: 'Não vou levar isso para o túmulo'


Toto promete 'todos os hits' em apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro


Lenny Kravitz faz show com ar de festival e embala o público com hits em SP


Javier Bardem diz que não queria conhecer irmãos Menendez e 'falar com assassinos'


Modelo processa Kanye West por agressão sexual e estrangulamento


Nando Reis diz que usou drogas durante 30 anos: 'Foi consumindo minha vida'