'É importante tirar qualquer vergonha da bulimia', diz Marina Diamandis

Cantora de sucessos como "Bubblegum Bitch," "Oh No!," "Primadonna" e "How to Be a Heartbreaker," Marina Diamandis desabafou sobre a própria experiência com bulimia e explicou como "é importante tirar qualquer vergonha" do transtorno alimentar.

No livro de poesia Eat The World, a artista de 39 anos usou a literatura para abordar uma variedade de temas, como relacionamentos e as complexidades, o lado positivo e negativo de viver em Los Angeles e como ela lidou com a bulimia aos 20 anos.

Durante entrevista à BBC, Diamandis falou sobre a questão com bulimia. "Este capítulo da minha vida foi há cerca de 15 anos, então me sinto muito emocionada e sou capaz de falar sobre isso e não sentir qualquer tipo de vergonha ou constrangimento," afirmou

Acho que é muito importante eliminar esse mistério ou vergonha disso. No final das contas, é como qualquer outra doença mental ou problema de saúde e pode ser fatal e, acima de tudo, para a maioria das pessoas, torna a sua vida uma miséria.

"Acho que com o assunto dos transtornos alimentares, há muito sigilo em torno da doença em si, como em termos de mantê-la, ou de poder existir fazendo o que você está fazendo sem comentários de outras pessoas, porque é obviamente uma coisa tão prejudicial," continuou Diamandis na conversa.

Além disso, a cantora explicou como os efeitos colaterais físicos da doença foram o que a incentivou a melhorar. O dano causado na garganta dela a fez perceber que, se continuasse assim, não conseguiria realizar o sonho de ser cantora.

"Decidi a partir daí que iria me recuperar, e então passei pela questão de ganhar peso e não me sentir bem com isso, mas demorei alguns anos para me equilibrar. Alguns anos depois, assinei um contrato e minha vida começou a melhorar, e outras coisas se tornaram mais importantes do que isso," relembrou.

Em seguida, Marina Diamandis revelou como a recuperação foi "gradual" e demorou cerca de 10 anos para superá-la. Então, a artista abordou a discussão de que os transtornos alimentares se devem ao fato de as pessoas quererem ser magras ou ter uma determinada aparência.

"Na verdade, nunca é isso - é como uma questão superficial, mas abaixo disso, há problemas familiares acontecendo, há sempre coisas de autoestima acontecendo," opinou. Por fim, Marina aproveitou para aconselhar quem luta contra um transtorno alimentar. Segundo a cantora, as pessoas não devem se culpar por isso e exemplificou que o que a ajudou foi "sentir mais compaixão por mim."

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