"Ele é respeitoso comigo e tem aquele gene estranho que o torna bom em tudo", diz o produtor sobre Justin Bieber
Brian Hiatt / Tradução: Ligia Fonseca Publicado em 06/07/2015, às 16h17 - Atualizado às 17h31
Para o produtor e DJ Diplo, os últimos 12 anos foram uma marcha lenta, mas incansável, da periferia ultramoderna ao centro da música pop. Ele tem dois singles no Top 20 dos Estados Unidos: “Where R U Now”, faixa da dupla Jack Ü (composta por ele e Skrillex) com participação de Justin Bieber, e “Lean On”, de outro projeto, o Major Lazer, que começou como uma farra no estúdio e hoje lota festivais.
Então Justin Bieber é oficialmente legal agora?
Ele estava preso em um labirinto em que tem de fazer determinadas coisas por causa das fãs. Guy Lawrence, do Disclosure, me mandou uma mensagem dizendo: “Aí, cara, esse disco do Bieber é incrível”, e respondi: “Mano, você nunca teria escrito isso há um ano”. Ele retrucou: “Eu sei, é muito difícil admitir isso agora”. A vida pessoal do Bieber é o que é – o moleque é rico e basicamente tem de ser um idiota, mas é respeitoso comigo e tem aquele gene estranho que o torna bom em tudo: melhor no basquete do que eu, melhor na bateria etc.
Você é um cara atencioso, mas seu personagem nas redes sociais é meio irritante.
Por quê? Se brigo com alguém, isso me faz parecer um idiota, mas faz os números nas redes explodirem. É a teoria de Kanye West: em 2015, vire um babaca e fique mais popular. Não quero que pensem em mim dessa forma, mas também não me importo. Faço piada e as pessoas levam a sério, como se eu fosse mesmo assim.
Alguma chance de fazer as pazes com Taylor Swift, depois de seus comentários sobre a bunda dela?
Já estão feitas! Eu a vi no Grammy e ela foi superlegal e simpática. Só que os fãs dela amaram a briga. É tudo o que têm – eles não têm, tipo, coisas de verdade acontecendo. Ainda é impressionante quando esses artistas dão atenção ao meu Twitter. Tipo, Ed Sheeran parou de me seguir quando falei algo sobre Taylor – nem acredito que essas pessoas saibam quem eu sou.
A ascensão da EDM fez sua carreira estourar, mas você também se diferencia dentro do gênero. Como vê essa relação?
Tem sido uma evolução lenta nos Estados Unidos – as músicas nas raves de EDM ainda são as maiores, mais ornamentadas e mais masculinas. O Jack Ü é a atração principal de festivais agora, e Skrillex e eu estamos ali tocando discos aleatórios, fazendo o que amo, sendo imprevisíveis, lançando tendências. E há coisas como o Disclosure e o [produtor francês de house] Tchami, que não querem saber de serem os maiores.
Você coproduziu várias músicas no novo álbum da Madonna. O que acha do preconceito de idade que ela enfrenta?
Ela criou o mundo em que vivemos. Já é um saco ser mulher na indústria musical, mas estar no topo é ainda pior. Os ingressos para a turnê dela se esgotaram em minutos, mas ninguém parece querer que a cantora tenha sucesso. A música “Ghosttown” certamente teria sido número 1 na voz de qualquer um, mas não lhe deram uma chance. Com “Bitch I’m Madonna”, todos disseram que não daria em nada, mas pensei: “Dane-se, acima de qualquer coisa, essa faixa te representa”.
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