O brasileiro interpreta um hacker revolucionário no filme dirigido e escrito por Neill Blomkamp; Alice Braga também integra o elenco
Paulo Terron, de Cancun Publicado em 21/04/2013, às 11h28 - Atualizado às 13h13
Em Elysium, segundo filme do sul-africano Neill Blomkamp, uma estação espacial serve de refúgio para os ricos, enquanto o resto da Terra fica relegado aos menos favorecidos. “Elysium é basicamente sobre diferença social”, explicou o diretor e roteirista durante um evento de divulgação em Cancun, México, neste sábado, 20. “E isso é um grande problema para brasileiros, mexicanos e sul-africanos também.”
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O personagem de Matt Damon, Max da Costa, tem um tempo limitado para viver e precisa chegar à estação que dá nome ao filme para se tratar, já que lá há máquinas que curam qualquer tipo de doença. E aí entram Spider (Wagner Moura) e Julio (o mexicano Diego Luna) como ajudantes nessa jornada. O personagem de Moura é um revolucionário e hacker brasileiro que não interage muito com a outra brasileira do elenco, Alice Braga, que faz Fray, o interesse romântico de Max na trama.
Segundo Moura, a mensagem por trás das cenas futuristas de aventura foi o ponto essencial que o fez se interessar pelo projeto. “Eu gosto de cineastas que conseguem fazer filmes que são interessantes e divertidos”, disse. “Você pode ver este filme de duas formas: as cenas de ação são muito legais, e se você quiser vê-lo dessa forma, tudo bem; mas acho que é um filme muito político.” Blomkamp acredita que os atores que escolheu são, inclusive, símbolos das diferenças sociais mostradas em Elysium. “O Wagner e a Alice são do Brasil, o Diego é mexicano. São todos de países que, de certa forma, têm uma discrepância de riqueza muito extrema.”
Uma das locações escolhidas para a filmagem foi um aterro sanitário da Cidade do México, o segundo maior do mundo. “Como nos foi explicado, em qualquer lixão do mundo a poeira é, na verdade, feita de fezes”, disse Matt Damon, agora já sorridente, livre das duas semanas em que passou tendo de lidar com a situação. “Tínhamos de tirar isso do rosto, basicamente limpando a merda. O Neil disse: ‘eu poderia fazer isso em chroma key, mas nunca vi um set assim em um longa de ficção científica. Vai valer a pena.’ Foi uma ideia muito boa, e todo mundo da equipe percebeu isso.”
O que não quer dizer que a realização tenha sido fácil. “Quando fomos até lá no amanhecer do primeiro dia, o cheiro era terrível”, lembrou Blomkamp. “Às 5h da manhã do primeiro dia de duas semanas, pensei: ‘meu Deus, não vou conseguir fazer isto’. Claro que não falei isso para ninguém.” O apoio dos atores foi pleno, mesmo que parte da equipe não tenha gostado muito da experiência (“O Matt foi muito profissional”, disse o diretor. “Teve muita gente que ficou tentando me sabotar pelas costas”). Alice Braga defende que o resultado final da experiência é positivo. “O Wagner fez Tropa de Elite e eu fiz Cidade de Deus [em favelas brasileiras], então acho que é importante quando você filma em um lugar real, a equipe sente como é a verdade. O público também vê isso: não é um set montado em Vancouver tentando imitar algo.” Elysium estreia em setembro no Brasil.
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