Empresas requentam o passado para compensar o longo e tenebroso inverno da nova geração
Gus Lanzetta Publicado em 16/06/2015, às 15h52 - Atualizado às 22h25
A E3 2015 – maior feira da indústria dos videogames – começou nesta terça-feira, 16, em Los Angeles, na Califórnia. As novidades sobre o mundo dos jogos, contudo, começaram a ser anunciadas nas tradicionais coletivas de imprensa que precedem a abertura do Los Angeles Convention Center.
No último dia 14 de junho, a Nintendo reviveu a sua clássica competição “multiatlética” no Nintendo World Championships. O game que encerrou a corrida por pontos foi Super Mario Maker, um robusto editor de fases que permite ao jogador criar, compartilhar e baixar aventuras para o encanador italiano nos moldes de Super Mario Bros., Super Mario Bros. 3, Super Mario World e New Super Mario Bros.U. O frenesi da nostalgia foi sentido na pele por todos que assistiram a apresentação - no local ou na internet em transmissão ao vivo.
Também no domingo, a editora Bethesda anunciou – entre outras coisas – continuações para Doom, Dishonored e Fallout. O último é aguardadíssimo e gerou reações muito positivas durante a demonstração de uma versão que se passa em Boston após uma guerra nuclear que destrói os Estados Unidos. As inúmeras possibilidades que podem ser exploradas são difíceis de compreender sem passar um tempo com Fallout 4, mas parece que é um sucessor digno para o buraco de sugar vidas que é The Elders Scrolls: Skyrim. Enquanto 10 de novembro não chega (e traz com sigo Fallout 4) é possível jogar Fallout Shelter no iOS, um jogo gratuito que lhe dá a função de administrar um dos abrigos antinucleares do universo da série.
A Microsoft, por sua vez, abriu a coletiva de imprensa realizada nesta segunda, 15, falando a respeito de uma possibilidade a qual todos já haviam desistido: a compatibilidade de Xbox One com os jogos do seu antecessor, o Xbox 360. A companhia criou uma solução que trará centenas de jogos do 360 para o console mais moderno até o fim do ano. Tanto jogos em disco quanto os comprados por download em versão digital serão contemplados pela nova adaptação. Essa é uma ferramenta que não só trará muito conteúdo para os donos de Xbox One, mas como ajuda a diminuir a cansativa moda atual de remakes de jogos recentes - como uma versão do primeiro Gears of War para Xbox One.
O outro grande destaque da gigante de Seattle foi a demonstração do HoloLens, visor de realidade aumentada que projeta elementos tridimensionais no espaço real ao seu redor. No palco da Microsoft, dois representantes da empresa brincaram com um mundo criado em Minecraft enquanto o mesmo era projetado em cima de uma mesa. Minecraft, cada vez mais, vem se tornando o LEGO das novas gerações.
A Sony falou de realidade virtual com os óculos Morpheus, que trarão a tecnologia imersiva para o PlayStation 4 no começo de 2016. Porém, se essa foi a última E3 em que a Sony tinha chance de mostrar razões para os usuários comprarem um aparelho como esse, a empresa falhou miseravelmente. Pouquíssimos minutos da apresentação foram dedicados ao objeto. Além disso, os jogos mostrados parecem completamente insossos e não causaram impacto. A Sony não tem nenhum concorrente direto para o Morpheus, mas já anunciou parcerias com a Oculus Rift (recentemente comprada pelo Facebook) e a Valve, as duas grandes empresas que estão investindo nesse mercado atualmente.
Sem grandes títulos exclusivos para 2015, a empresa não poupou esforços para cair nas graças do público: anunciou uma continuação para a série cult Shenmue através de uma campanha no site de financiamento coletivo Kickstarter com uma meta de 2 milhões de dólares. O jogo chegou no valor em pouquíssimas horas. Outro desejo de muitos jogadores será atendido: um remake de Final Fantasy VII está sendo feito. Para fechar a trilogia da volta dos que não foram, Last Guardian (do mesmo criador de ICO e Shadow of The Colossus) apareceu finalmente em forma jogável no PS4 depois de ter virado uma lenda que tinha sido anunciada para PS3 e ficou perdida no limbo do desenvolvimento por seis anos.
Além da tradicional confiança em continuações e repetições de fórmulas da moda, a Sony e a Microsoft mostraram que a tal seca de conteúdo nos consoles de nova geração não vai mudar tão cedo. A Microsoft aposta em retrocompatibilidade, coletâneas e um remake. A Sony compensa um ano vazio com diversos anúncios impactantes, mas que só estarão na mão dos consumidores a longo prazo.
Em pleno 2015, os jogos que mais causaram furor foram Mario, Fallout e Final Fantasy. O futuro promissor de realidade virtual parece cada vez mais distante enquanto se aproxima do mercado consumidor por não ter jogos que justifiquem o investimento do jogador. O mesmo pode ser dito dos consoles que já estão no mercado e não geram novos títulos de grande porte - que não sejam repetecos.
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