Apesar do auxílio do governo, os artistas britânicos ainda enfrentam crises financeiras na indústria da música
Redação Publicado em 22/09/2020, às 11h54
Uma pesquisa da Musicians’ Union apontou que 34% dos músicos do Reino Unido podem encerrar a carreira devido os prejuízos causados pela pandemia de coronavírus, segundo informações da NME.
A pesquisa também mostrou que metade dos participantes já arranjaram empregos alternativos para poderem se sustentar durante o período de isolamento social e cancelamento de shows. O estudo ainda concluiu que 70% dos músicos estão fazendo menos de um quarto do trabalho que costumavam fazer.
Com o apoio do chanceler Rishi Sunak, o governo do Reino Unido anunciou o direcionamento mais de £1 bilhão para ajudar espaços artísticos, no mês de julho. Contudo, o auxílio terminará no mês de outubro, o que preocupa muitos artistas.
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Segundo a pesquisa, 87% dos músicos acreditam que terão problemas financeiros assim que o auxílio acabar. Além disso, 88% das pessoas entrevistadas acreditam que o governo não fez o suficiente para ajudar a indústria da música.
Horace Trubridge, secretário-geral da Musicians’ Union, disse: “Essas figuras são devastadoras e mostram quantos músicos estão lutando financeiramente e correndo um verdadeiro risco de deixar a música para sempre”.
Ele completou: “Em tempos melhores, nossos integrantes geram £5 bilhões para a indústria da música com o talento deles. O show de um artista vai criar um efeito dominó de empregos, do técnico de luz aos vendedores de ingressos”.
Trubridge agradeceu o suporte do governo, mas enfatizou que a situação é inédita e precisa de mais atenção. Uma das propostas da Musicians’ Union é criar um novo esquema de disposição de assentos para aumentar a capacidade de bares e casas de shows, que estão ocupando apenas 30% da capacidade total.
“Nós apreciamos todo o apoio que o governo tem dado para apoiar nossos integrantes com auxílio e esquemas de apoio ao trabalho autônomo até agora [...] Estamos pedindo que o governo implemente um esquema de combinação de assentos, que poderia levar a capacidade das casa de shows para 60%, fornecendo uma tábua de salvação para os músicos e a indústria no geral.”
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