Elton John, Slayer, Ozzy Osbourne: como lidar com ficar órfão dos grandes do rock, que estão se aposentando

Fãs ao redor do mundo precisam se acostumar com o fato de que em breve não teremos mais inéditas ou shows de alguns dos maiores artistas da história do gênero

Redação

Publicado em 01/02/2018, às 17h54 - Atualizado às 18h14
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Elton John, Slayer e Ozzy Osbourne - Montagem

Dois mil e dezoito mal começou e, com ele, mais uma leva de grandes roqueiros se despedem de seus públicos. Ozzy Osbourne já havia indicado que faria uma última turnê mundial – depois de encerrar as atividades do Black Sabbath –, mas Elton John e Slayer decidiram seguir o mesmo caminho, assim como o Lynyrd Skynyrd. Até o Rush, que não havia “confirmado” a aposentadoria, agora, de fato, o fez.

A idade está chegando para muitos dos heróis da história do rock and roll, o que está deixando fãs órfãos ao redor do mundo, seja pela saúde degenerada (caso de Eric Clapton, que recente afirmou estar “ficando surdo”), pelo cansaço gerado pelas extensas turnês (maioria das justificativas) ou até mesmo as situações mais trágicas (recentemente perdemos David Bowie, Tom Petty, Lemmy e muitos outros nomes que estavam em plena atividade quando morreram).

Os mais recentes anúncios foram os de Elton John e de Slayer. O cantor avisou que fará uma imensa turnê mundial de despedida e, depois disso, deve continuar gravando álbuns e se apresentando em ocasiões esporádicas. Já a banda ícone do thrash metal vai de fato “pendurar as guitarras”: uma turnê de despedida e depois o Slayer vai acabar de vez. Até o Lynyrd Skynyrd anunciou nos últimos dias uma última excursão, em datas com participações de nomes como Kid Rock, Hank Williams Jr. e Bad Company, quase 45 anos após o lançamento do primeiro álbum, (Pronounced 'L?h-'nérd 'Skin-'nérd).

O Rush, um dos gigantes do rock progressivo, já está longe da estrada há dois anos e o futuro da banda era incerto. Também neste mês de janeiro, o guitarrista do grupo, Alex Lifeson, confirmou a aposentadoria definitiva do Rush, tanto em relação aos palcos quanto à gravação de novos discos ou músicas em estúdio. “Não temos planos de excursionar ou gravar mais discos. Basicamente acabou. Depois de 41 anos, sentimos que é o suficiente.”

Já no caso de Eric Clapton, a questão menos a ver com uma decisão consciente do artista e mais com as limitações que a idade está impondo ao guitarrista de 73 anos. Ele disse há algumas semanas que pretende continuar fazendo shows, mas “a única coisa que me preocupa agora é ter chegado aos 70 e continuar capacitado. Estou ficando surdo, estou com zumbido nos ouvidos e minhas mãos funcionam o mínimo necessário. Espero que as pessoas venham me ver mais que apenas por curiosidade. Acho incrível que ainda esteja aqui.”

Vale também lembrar que o Brasil já presenciou algumas "prováveis" despedidas. O The Who, que frequentemente anuncia turnês derradeiras (e depois volta aos palcos), finalmente fez o primeiro e possivelmente último show por aqui (no Rock in Rio e em São Paulo). Também no último Rock in Rio, o Aerosmith promoveu uma apresentação com "cara" de despedida e até o Deep Purple, que está na turnê final da carreira (sem fim anunciado, no entanto) também passou por aqui para dizer o provável adeus.

Entre tantas despedidas, uma delas pelo menos é certeza para os brasileiros. Depois de trazer a turnê derradeira do Black Sabbath ao país, Ozzy Osbourne vai retornar com outro show de despedida: desta vez, em carreira solo. O cantor passa vem em maio, passando por São Paulo (Allianz Parque) no dia 13, Curitiba (Pedreira Paulo Leminski) no dia 16, Belo Horizonte (Esplanada Mineirão) no dia 18 e Rio de Janeiro (Praça da Apoteose) no dia 20 (ingressos estão à venda).

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