Entre brigas, socos na cara e sessões musicais de estrelas calouras da música, a história de ambas as bandas poderia ser muito diferente
Redação Publicado em 13/12/2019, às 16h21
1966 foi um importante ano para a música - David Bowie, Monkees, auge dos Rolling Stones, beatlemania em seu apogeu (aliás, foi o ano em que John Lennon garantiu que os Beatles eram maiores que Jesus). E, no meio dessas maravilhas, The Who vivia um inferno pessoal.
A banda - composta naquele ano por Pete Townshend, Roger Daltrey, John Entwistle, Doug Sandom e Keith Moon - caía aos pedaços com a pressão que gravar e lançar A Quick One, segundo disco do grupo (de 1966, mesmo), causou. E os cinco músicos pensavam em seguir adiante em caminhos separados.
Daltrey foi o primeiro que pensou em procurar outro caminho - embora não exatamente por vontade própria. Ele foi expulso do The Who em setembro daquele ano, após socar o nariz de Keith Moon (embora a briga tenha sido quase honrosa: Daltrey jogou os cristais de anfetamina que deixavam Moon ensandecido descarga abaixo para poder, idealmente, salvar a banda).
Depois da expulsão, a banda tocou alguns shows sem Daltrey no line-up. Mas tudo ia mal, e Keith Moon também pensava em alternativas. Foi nessa época em que ele se aproximou de Paul McCartney e pediu para entrar nos Beatles - mas essa parceria potencialmente peculiar não aconteceu.
Já conceituado no mundo da música, Moon tinha seus amigos para tocar. E resolveu passar o tempo em umas sessões de gravações com Jeff Beck, que tocava nos Yardbirds, e Jimmy Page - foi tão ótimo que começaram, então, a cogitar formar uma banda.
Além do trio poderoso dos instrumentos, entraram nas sessões de 66 John Paul Jones (que depois continuou no Led Zeppelin) e Nicky Hopkins, do Kinks e depois Plastic Ono Band. Agora, imagina o que poderia ter sido uma banda com esse time!
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As sessões no estúdio continuaram durante um tempo. Juntos, gravaram o instrumental épico de “Beck’s Bolero,” posteriormente lançada por Beck. E, mesmo não tendo um vocalista ali, Moon estava animadíssimo com as possibilidades de criações geniais do quinteto. Foi quando disse a Page que aquela banda “voaria como um zepelim de chumbo.” Ou, em inglês, como um “lead zeppelin.”
Infelizmente, a banda daquele jeito não foi em frente. Keith Moon voltou para The Who, Nicky Hopkins não quis mais tocar. Mas Jimmy Page estava com tudo no projeto, ainda, e adorou o termo usado por Keith: tirou o “a” de "lead" para ter certeza que a pronúncia do nome da banda estaria certo, chamou Robert Plant para soltar a voz, John Bonham para liderar as baquetas. E assim nasceu o Led Zeppelin que conhecemos.
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