Sonic Youth foi atração do palco Consciência nesta segunda, 14 - Foto: Divulgação/Caroline Bittencourt

Em época de incerteza sobre o futuro da banda, Sonic Youth mostra seu barulho indie ao público do SWU

Após anunciar seu divórcio de Kim Gordon e não saber se o grupo continuaria, Thurston Moore disse ao fim do show querer “tocar para essa gente linda” novamente

Stella Rodrigues Publicado em 14/11/2011, às 21h37 - Atualizado às 22h35

Em meados de outubro, um comunicado chocou os fãs de Sonic Youth: os integrantes principais, Kim Gordon e Thurston Moore, casados desde 1984, anunciaram o divórcio e, com isso, um futuro incerto para o grupo de Nova York. Eles garantiram que manteriam todas as datas da turnê pela América do Sul, que começou no dia 5 de novembro, na Argentina, e terminou nesta segunda, 14, em Paulínia durante o SWU. Portanto, essa poderia – e ainda pode – ser a última performance da banda indie.

A quarta apresentação do quarteto no país, realizada no palco Consciência, estava prevista para começar às 19h e teve início com pouco mais de 10 minutos de atraso. A primeira canção escolhida foi “Brave Men Run” que, assim como uma boa parte das faixas executadas ao longo do show, teve uma recepção morna por parte da plateia. Apenas o gargarejo parecia composto de fãs incondicionais do grupo e o resto da multidão só perdia a feição apática quando o quarteto iniciava alguma de suas famosas pirações sonoras, aquelas que colocam a integridade física dos instrumentos em risco.

“Sugar Kane” e “Teenage Riot” foram duas faixas que também arrancaram um pouco mais de animação por parte dos presentes, em um setlist que ainda contou com “Calming the Snake”, “Cross the Breeze”, “Drunken Butterfly” e “Flower”.

No fim do show, antes de tocarem a já esperada “Teenage Riot” e arrastarem a performance por cerca de dez minutos a mais do que o previsto com a sua já citada piração divertida, o grupo ainda deu uma centelha de esperança ao público. Thurston Moore declarou: “"É um grande prazer estar aqui e espero vê-los novamente em breve". Claro que a fala, uma das mais comuns proferidas por artistas ao fim de uma performance, não quer necessariamente dizer que a banda acabou. Ficou no ar a dúvida e a esperança dos fãs, já que,ao mesmo tempo, nenhuma fala apocalíptica saiu da boca dos integrantes.

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